segunda-feira, janeiro 31, 2011

Marketing de guerrilha e comunicação global

A propaganda se modifica de acordo com a cultura e a tecnologia da época. "O homem vê o mundo do ponto onde se encontra", escreveu Marx. Mas e se estivermos em todo lugar? As modificações tecnológicas e a microfonia multi-cultural estão produzindo a ubiquidade.
Nos últimos anos, a cultura globalizada e a tecnologia de comunicação via satélite permitiram um grande avanço nas percepções do ser humano com relação ao local onde vive e o globo terrestre, em uma lógica “glocal”. Além destes fatores, a publicidade por meios convencionais começa a mostrar sinais de saturação, exigindo intervenções no próprio ambiente, com as chamadas “guerrilhas”. Unindo a publicidade de guerrilha com o pensamento glocal, chega-se a uma estratégia ainda incipiente, mas muito interessante: a Guerrilha via Satélite.
Chamada também de Neo Land Art, GeoAds, Rooftop Advertising e Mapvertising, a Guerrilha via Satélite, consiste em utilizar recursos tecnológicos de posicionamento geográfico (GPS, Google Maps e Google Earth) para que as ações de guerrilha possam ser observadas corretamente apenas a grandes altitudes.
Todo ano, fazendeiros da cidade japonesa de Inakadate decoram suas colheitas em um estilo que lembra as pixelizações de videogames. As imagens geradas são resultado da plantação do arroz kodaimai, que possui folhas amarelas e roxas, junto com suas verdadeiras plantações de romãs-tsugaru de folhas verdes. A temática mais recente para as plantações de Inakadate foram as xilogravuras do artista Hokusai. Outros anunciantes que utilizaram as plantações para veicular peças foram a Swiss Air, a Firefox, e muitos outros pelo mundo.
Tal estilo de anunciar usado pela Swiss Air, Firefox e Apple recebeu o nome de Cropvertising (pois crop significa colheita ou plantação em inglês), e diz-se que surgiu com os relatos dos anos 70 de plantações com imagens estranhas formadas para supostamente fornecer coordenadas de navegação aérea a OVNIs. O sucesso que tais boatos geraram acabou por viabilizar o uso do cropvertising.
Embora pareça um desperdício de investimento para muitos anunciantes, vale lembrar que a própria Apple investiu alto para se tornar visível no Google Earth e Google Maps. A peça de guerrilha cobria 893.240 metros quadrados, representando seu carro-chefe da época, o iPod. A peça foi construída sobre uma mina abandonada no oeste remoto da Austrália e demorou mais de 2 anos.
O maior banner do mundo fica em Dubai, criado para a empresa Sorough Real Estate, e entrou para o Guiness Book devido ao tamanho equivalente a 4.046,87 metros quadrados. Sua localização foi planejada para estar em rotas de vôo e assim atingir aproximadamente 14 milhões de pessoas por um ano.
Talvez considerado o mestre da Guerrilha via Satélite, o land artist Henk Hofstra realizou duas obras que ganharam notoriedade no Google Earth: o Urban River e o Eggcident. No projeto Urban River, o artista holandês pintou as ruas de Drachten, na própria Holanda, com um tom muito vibrante de azul, dando a impressão de que a cidade teria sido construída sobre a água, como Veneza. Este rio de mentira gerou grande interesse na população holandesa, inspirando o artista em sua segunda obra, o Eggcident, mostrando ovos fritos gigantes sobre as ruas. A Guerrilha via Satélite foi realizada na cidade de Leeuwarden desta vez. Cada ovo com 30,48m de largura inclui uma base branca pintada representando a clara, e uma bolha em relevo amarela representando a gema.
Semelhante ao trabalho de Henk Hofstra, o arquiteto Carlos Martinez e o artista plástico Pippilotti Risttransformaram o centro financeiro de St. Gallen, na Suíça, em uma sala de estar pública, ocupando todo o bairro. A obra foi chamada de StadtLounge (“louge da cidade”).
Uma ação divertida foi a tentativa no mundo real do sucesso infantil “Onde está Wally?”, para ser feito no Google Earth. “Where On Earth Is Waldo?” (“Onde na Terra está Waldo? – Wally é apelido para Waldo) é criação de Melanie Cole, uma estudante de Arte Midiática que criou esta ação como projeto de graduação. A imagem gigante de Wally foi pintada em telhados de Vancouver, criando um jogo em escala mundial de “Onde está Wally?”.
Evoluindo com o conceito de mapa virtual, a Disney e o Google Earth uniram-se para criar um novo “megamapa” que permitirá explorer o Walt Disney World’s Magic Kingdom, Epcot, Animal Kingdom, Disney’s Hollywood Studios e 22 hotéis e resorts da Disney. Assim, o usuário do Google Earth poderá realizar uma “caminhada virtual” por todos estes lugares, como se o usuário estivesse fisicamente nestes locais. Este mapa torna-se então uma ferramenta incrivelmente útil para planejamento de viagens, especialmente se for uma viagem rara ou mesmo de “uma vez na vida”.
Uma das ações que revolucionariam os conceitos de Guerrilha via Satélite foi produzida pelo artista sueco Erik Nordenenkar para a empresa DHL, que declarou (através de vídeo e recibos) ter criado “o maior desenho do mundo” ao enviar uma pasta plástica equipada com um GPS em uma trajetória ininterrupta por 110.664km, numa viagem de 55 dias em aviões e caminhões da DHL. Porém, tal ação provou-se falsa.
Muitos blogueiros e sites questionaram o fato de que a DHL teria de fazer loops desnecessários e paradas na rota para produzir um auto-retrato, além do fato de que o sinal de GPS não poderia ser traçado de dentro de uma maleta de alumínio. Ao levantarem a questão e mostrarem os elos soltos na ação, a DHL confirmou ao jornal Telegraph que a obra de arte foi um projeto inteiramente fictício, e que a empresa permitiu que o artista filmasse no armazém da empresa em Estocolmo, sendo que na verdade o GPS nunca foi enviado a lugar algum. Após a revelação, Nordenenkar adicionou uma nota de rodapé em seu site declarando que “Este é um trabalho fictício. A DHL não transportou o GPS em momento algum”.
Por falar em recordes mundiais, a ação do site de apostas Betfair, de criar uma mensagem num terreno nas proximidades do aeroporto de Viena para saudar os visitantes da cidade por conta dos jogos da Eurocopa, está sendo considerado o maior outdoor do mundo.
A Guerrilha via Satélite ainda não é viável em termos financeiros e mesmo com relação a branding, uma vez que a utilização de recursos como o Google Earth e o Google Maps não possui representatividade suficiente entre as pessoas no planeta para que esta ferramenta se torne um verdadeiro canal de divulgação. Porém, o buzz de quem o faz atualmente é suficiente para alavancar consideravelmente a percepção de uma marca entre os vários meios de comunicação.
Se você ainda não leu "Manual de Marketing de Guerrilha" (Labor Editorial, 2010) leia. Se não tem, compre no www.laboreditorial.com. Mais do que um livro, é um guia de sobrevivência na era da hipercomunicação.

quinta-feira, janeiro 20, 2011

Olimpíadas: logotipo pode ser plágio

Após apresentar o logotipo das Olímpiadas do Rio de Janeiro/2016, o Comitê Organizador do evento deverá prestar esclarecimento a Paul Major, presidente da ONG norte-americana Telluride Foundation. A acusação é de que a marca olímpica tenha sido copiada do símbolo da instituição. A semelhança é realmente grande, embora não se possa dizer que a logotipo das Olimpíadas seja uma cópia exata da identidade da ONG estadunidense, pode-se dizer sim que esta parece ter inspirado aquela.
"Embora seja um grande elogio que o Rio 2016 use um logotipo semelhante à nossa marca, é preocupante, já que tivemos um incidente semelhante há cerca de seis anos", explicou Major ao O Estado de S. Paulo, lembrando do caso em que a sua logormarca foi utilizada no carnaval de Salvador, em 2004.
Na época, o presidente chegou a comunicar a organização do evento de que entraria na Justiça, caso desenho não sofresse alterações. Segundo Major, o logo foi publicado pela primeira vez no mês de dezembro de 2000, e conta com todos os direitos reservados pelo desenho.
Desta vez, Major afastou a hipótese de processar o Comitê Organizador dos Jogos do Rio 2016, mas não descarta a ideia de entrar em contrato com os dirigentes e resolver a questão. "Não estamos interessados em uma briga com o comitê. Amamos a Olimpíada e gostaríamos de ser solidários. No entanto iremos rever esta questão com o nosso advogado de marcas", concluiu.
O criador da logomarca para os Jogos do Rio de Janeiro, Fred Gelli, da Agência Tátil Design, negou qualquer tipo de plágio em sua obra. Segundo o artista, sua inspiração foi definida pelo briefing do evento, onde foi recomendado que a marca transmitisse as características cariocas, brasileiras e os valores da competição.
Além da semelhança com o logo da Telluride Foundation, o desenho escolhido para as Olimpíadas de 2016 também guarda semelhanças inquietantes com obra "A Dança", do pintor francês Henri Matissi.

Bebida alcoólica faz mal à saúde

Do mesmo modo que os comerciais de cigarros foram proibidos e a propaganda de cigarro e seus rótulos passaram a ter uma frase de advertência que alerta o consumidor para o malefício de consumir aquele produto, o estímulo ao consumo do álcool deveria ser coibido com limitações rigorosas à sua comunicação de marketing (como a restrição de horário para a exibição de comerciais que estimulam o uso da droga), obrigatoriedade de advertência ao consumidor e sobre-taxas tributárias que ajudassem a custear o tratamento das vítimas diretas e indiretas da ingestão de bebidas. Ao contrário, a mídia escancarada que estimula jovens a partir dos 13 anos a consumir esse entorpecente líquido é tão eficiente que a produção de cerveja no Brasil superou todas as expectativas e alcançou em 2010 a marca recorde de 12,6 bilhões de litros, um crescimento de 18% em relação a 2009, crescendo mais do que o dobro do PIB.
Com esse resultado, o Brasil se tornou no ano passado o terceiro maior mercado de cerveja do mundo, atrás apenas da China, com produção na faixa de 40 bilhões de litros, e EUA, com 35 bilhões de litros.
Num ano só, o Brasil deixou para trás gigantes como Rússia e Alemanha.
Os números são do Sindicerv (Sindicato Nacional de Cerveja) e devem ser divulgados nos próximos dias.
Segundo Gilmar Viana, presidente do Sindicerv, esse resultado se deve a três fatores. Em primeiro lugar, ao crescimento da renda, depois à estabilidade dos preços, e, em terceiro, ao clima favorável no país ao consumo de cerveja.
No mesmo período, cresceu em igual proporção o número de acidentes de trânsito fatais ou imobilizantes, as moléstias mentais desencadeadas em função do consumo de bebidas alcoólicas e os homicídios violentos.
É verdade que toda a história da humanidade está permeada pelo consumo de álcool. Registros arqueológicos revelam que os primeiros indícios sobre o consumo de álcool pelo ser humano data de aproximadamente 6000 a.C., sendo, portanto, um costume extremamente antigo e que tem persistido por milhares de anos, o que não quer dizer que seja benéfico em nenhum aspecto. A abusiva propaganda de bebida no Brasil associada a um potente lobby da indústria do vinho – que enganosamente é visto como “benéfico” - a noção de álcool como uma substância divina, por exemplo, pode ser encontrada em inúmeros exemplos na mitologia, sendo talvez um dos fatores responsáveis pela manutenção do hábito de beber ao longo do tempo. Inicialmente, as bebidas tinham conteúdo alcoólico relativamente baixo, como por exemplo, o vinho e a cerveja, já que dependiam exclusivamente do processo de fermentação. Com o advento do processo de destilação, introduzido na Europa pelos árabes na Idade Média, surgiram novos tipos de bebidas alcoólicas, que passaram a ser utilizadas na sua forma destilada. Nesta época, este tipo de bebida passou a ser considerado como um remédio para todas as doenças, pois “dissipavam as preocupações mais rapidamente do que o vinho e a cerveja, além de produzirem um alívio mais eficiente da dor”, surgindo então a palavra whisky (do gálico usquebaugh, que significa “água da vida”). A partir da Revolução Industrial, registrou-se um grande aumento na oferta deste tipo de bebida, contribuindo para um maior consumo e, conseqüentemente, gerando um aumento no número de pessoas que passaram a apresentar algum tipo de problema devido ao uso excessivo de álcool.
Apesar do consumo legal e estimulado em larga escala, o álcool também é considerado uma droga psicotrópica, pois ele atua no sistema nervoso central, provocando uma mudança no comportamento de quem o consome, além de ter potencial para desenvolver dependência mesmo em pequenas quantidades.
Baseado em uma indústria milionária e poderosa, o álcool é uma das poucas drogas psicotrópicas que tem seu consumo admitido e até incentivado pela sociedade. Esse é um dos motivos pelo qual ele é encarado de forma diferenciada, quando comparado com as demais drogas. Apesar de sua ampla aceitação social, o consumo de bebidas alcoólicas é um problema não apenas de saúde pública, mas também econômico. Gerando lucros extraordinário para a indústria que o produz e distribui, o álcool gera prejuízos enormes para a sociedade e para as contas públicas porque incrementa o gasto em saúde pública, elevando o índice de internações, de óbito de jovens e mulheres e de surgimento de moléstias mentais associadas. Além de causar cirrose, esteatose, gastrite, impotência sexual e hipertensão, problemas relacionados ao consumo de bebida estão também no topo das causas de acidentes de trabalho.
A dependência do álcool é uma condição frequente, atingindo cerca de 5 a 10% da população adulta brasileira.
Não existe o "beber moderado", como pensam alguns, porque a distinção entre esse quadro e o beber "problemático" ocorre de maneira diferenciada em cada indivíduo e em geral transcorre de forma lenta. Alguns dos sinais que surgem no decorrer da vida de quem bebe "socialmente" com freqüência: desenvolvimento da tolerância, ou seja, a necessidade de beber cada vez maiores quantidades de álcool para obter os mesmos efeitos; o aumento da importância do álcool na vida da pessoa; a percepção do “grande desejo” de beber e da falta de controle em relação a quando parar; síndrome de abstinência (aparecimento de sintomas desagradáveis após ter ficado algumas horas sem beber) e o aumento da ingestão de álcool para aliviar a síndrome de abstinência.
A síndrome de abstinência do álcool é um quadro que aparece pela redução ou parada brusca da ingestão de bebidas alcoólicas após um período de consumo crónico. A síndrome tem início 6-8 horas após a parada da ingestão de álcool, sendo caracterizada pelo tremor das mãos, acompanhado de distúrbios gastrointestinais, distúrbios de sono e um estado de inquietação geral (abstinência leve). Cerca de 5% dos que entram em abstinência leve evoluem para a síndrome de abstinência severa ou delirium tremens que, além da acentuação dos sinais e sintomas acima referidos, caracteriza-se por tremores generalizados, agitação intensa e desorientação no tempo e espaço.
Onde está o congresso nacional, que permite que essa droga continue a ser consumida sob o estímulo de propaganda legal, postos legais de distribuição e incentivo fiscal? Provavelmente, está tomando uma dose para comemorar o resultado do crescimento recorde na venda desse veneno líquido para os brasileiros. Saúde, Brasil!

quarta-feira, janeiro 12, 2011

Meio ambiente: o problema é a solução

As preocupações ambientais, sob a forma de conservação da natureza ou de crítica à industrialização, existem praticamente desde o início da revolução industrial.
No entanto, ao longo do século XIX e boa parte do século XX, mantiveram-se restritas a algumas elites ou a movimentos políticos minoritários de cariz anarquista. A publicação do livro “Silent Spring” de Rachel Carson em 1962, onde esta denunciava os impactes do uso de pesticidas, marca um ponto de viragem - é a partir da década de 60 que explodem os movimentos ambientalistas de várias naturezas e que a ecologia é transportada para o discurso público e dos media. A preservação da biodiversidade, a poluição da atmosfera, da água e dos solos, o uso de fertilizantes e pesticidas químicos, a depleção das reservas energéticas, o consumo exponencial de recursos naturais finitos e o problema da explosão demográfica tornaram-se a base da crítica ao modelo de desenvolvimento da sociedade ocidental por parte dos “ambientalistas”. É sobretudo na década de 80, com o problema do buraco do ozono devido às emissões de CFCs, que desperta a consciência de que estes problemas são globais e que as suas soluções também terão necessariamente de o ser. O aparente sucesso do Protocolo de Montreal (para eliminar as emissões de CFCs) não se traduziu, no entanto, na mesma capacidade para lidar de forma eficaz com a maioria dos problemas ambientais, apesar dos avanços que se deram nas últimas duas décadas. As alterações climáticas puseram a nú de forma dramática as fragilidades daquilo a que se chama a “comunidade internacional” no que toca à cooperação para resolver problemas comuns.


Leia a íntegra do artigo de Ana Bastos no link http://www.esquerda.net/virus/media/virus11.pdf

Belém 395

Belém tem. Essa forma
de lágrima que
se derrama quente
na face mágica do dia;
que se refaz, de repente,
na dor intensa ou na alegria
imensa. Belém tem.
Essa história torta
que se retrata em portas
e alpendres nobres ou
pobres vielas de terra
marrom e valas e capins.
Belém tem. Confins eternos,
carinhos ternos, reversos
que só a gente faz. E essa gente
bela que se rebela em tons
e sons que enrubesce
o sol e engrandece a noite.
Belém tem. Essa tenacidade
que faz dessa cidade
o melhor lugar pra se dizer
amém. Belém tem.

quarta-feira, janeiro 05, 2011

Marcas fortes

Pesquisa recente divulgada pela BrandAnalytics revela o valor de 180 marcas no Brasil. Todas elas somadas valem cerca de R$ 76 bilhões. Somente as 40 primeiras do ranking, como a Natura, Perdigão e Vivo, respondem por 80% desse valor. A máxima de que as marcas são os ativos mais valiosos de uma empresa está cada vez mais em evidência. “Além disso, o preço é um fator poderoso que facilita o posicionamento das marcas. Alguém duvida que a percepção de preço alto esteja associada a imagem de produto de qualidade superior?” instiga Paulo Rogério Di Vicenzi Rodrigues, consultor em gestão de marcas e diretor da QualiData. Isso não significa que adotar o caminho do preço mais baixo esteja errado. “Quem opta por essa estratégia, concentra esforços na estratégia de liderança baseada em custos, e para obter sucesso nesse caminho é preciso manter altos volumes ou grande giro de comercialização, procurando atender principalmente consumidores que enfrentam contingências econômicas”, explica Paulo Rogério.

Glossário Anatec

Para facilitar a vida dos profissionais da comunicação, ou mesmo para aqueles que querem apenas ter enriquecimento intelectual, a ANATEC, Associação dos Editores de Publicações, criou o Glossário Anatec – uma ferramenta muito útil para o exercício das atividades próprias desse universo, que até então acompanhava a edição do Guia impresso da instituição. A grande novidade, é que agora o Glossário está disponível na internet e sua consulta é muito fácil e prática. Além disso, a edição foi ampliada e traz 1800 verbetes, palavras, termos e expressões encontradas na íntegra para consultas online. O Glossário, sob conceituação, pesquisa e redação de Mauro Rosso, dicionarista, ensaísta e autor de obras literárias, vai muito além de simples definições, traz informações e temas comuns de acordo com o universo dos meios de comunicação: publicações segmentadas, jornais e periódicos, cenários públicos e privados. Sua consulta é gratuita e pode ser feita na página inicial do site da ANATEC: www.anatec.org.br.

Entretenimento e Mídia Global

Outros dados que se destacam na pesquisa "Entretenimento e Mídia Global", da PricewaterhouseCoopers:

A média de crescimento da América Latina em entretenimento e mídia em 2013 será de 5,1%.
O volume gasto no mundo em entretenimento e mídia em 2013 será de US$ 73 bilhões.
Estima-se que 69% dos investimentos em entretenimento na América Latina virão do Brasil e do México.
O total da publicidade em jornais no mundo vai crescer de US$ 3,8 bilhões em 2008 para US$ 4,1 bilhões em 2013.
Rádio e mídia exterior também vão crescer no mundo de US$ 1,9 bilhão para US$ 2 bilhões.
A publicidade em videogames deverá dobrar, mundialmente, saltando de US$ 23 milhões para US$ 47 milhões.
A publicidade em revistas no mundo crescerá moderadamente, de US$ 1,3 bilhões em 2008 para US% 1,4 bilhões.
A publicidade online e os gastos com acesso à internet terão crescimento anual de dois dígitos.
Na publicidade na TV, a América Latina também se destaca com o crescimento mais rápido em cinco anos, saindo de investimentos de US$ 12,2 bilhões em 2008 para US$ 13,1 bilhões em 2013.

Crescimento contínuo

De acordo com a pesquisa “Entretenimento e Mídia Global”, da PricewaterhouseCoopers, a publicidade brasileira deve crescer de um volume marcado em R$ 9,456 milhões em 2008 para R$ 10,6 em 2013. O crescimento, efetivamente, só vai acontecer a partir deste ano, 2011. O Brasil lidera o crescimento na América Latina, que se destaca das outras regiões do mundo com um desempenho positivo.

Religião e propaganda

Em entrevista ao M&M, o teólogo e professor da PUC-SP, Mario Sergio Cortella, afirma que “não existe religião sem propaganda e publicidade”. Ele diz que há duas naturezas de publicidade no universos religioso: a que deseja vencer as pessoas e se transforma em fanatismo; e a que tenta convencer, chamada de proselitismo. Mario ainda afirma que “a publicidade é o haicai do mundo da comunicação”, elogiando a concisão das mensagens publicitárias e a capacidade de dizer muito com poucas palavras.