quarta-feira, abril 17, 2013

Anúncios no Youtube são "chatos", diz usuário


Estudo realizado pela agência de mídia online Hi-Mídia em parceria com a empresa de pesquisa digital M.Sense mostra que 65% das pessoas que assistem a vídeos online pulam as propagandas e somente 38% procuram o site do anunciante após ver o filme. O trabalho investigou hábitos de consumo audiovisual na web e entrevistou 300 usuários de internet em diversas regiões brasileiras entre janeiro e fevereiro.
O YouTube é o portal mais citado, com 94% dos respondentes declarando o site como principal destino para ver vídeos. Essa porcentagem está muito à frente do segundo lugar, o Google Videos, mecanismo de busca da própria empresa dona do YouTube, com 28%. Cerca de 27% afirmaram assistir a vídeos de redes sociais, 20% no Yahoo!, 18% na MSN e só 2% afirmaram não ver vídeos na internet.
Clipes musicais e vídeos de shows são os campeões de audiência, com 72% procurando por esse tipo de conteúdo, seguidos de vídeos engraçados, com 64%; filmes, com 47%; noticiário, com 42%; trailers e documentários, ambos com 41%; entrevistas, com 37%; e tutoriais, com 36%. O curioso é que 60% desconhecem a existência de canais de conteúdo produzidos especificamente para o YouTube.
Antes de realizar uma compra, 58% dos entrevistados procuram por informações do produto em vídeos. Por outro lado, a relação com anúncios não é das melhores. Além dos 65% que pulam a propaganda, 60% consideram chatas as peças que antecedem os vídeos. Cerca de 18% dos entrevistados desistem de assistir ao vídeo que aguardavam por causa de anúncios.
Estados Unidos - A Nielsen publicou nessa terça 16 resultados de uma pesquisa sobre consumo de mídia por jovens americanos com dados sobre a audiência de TV e vídeos online. Adolescentes entre 12 e 17 anos assistem mensalmente uma média de sete horas e 48 minutos de vídeos em smartphones – 18% a mais que a faixa de 18 a 24 anos e 46% a mais que 25 a 34 anos. A faixa de 18 a 24 ganha no tempo dedicadas a vídeos em computador (15 horas e oito minutos) e a de 25 a 34 ganha em TV (136 horas e dez minutos).
Televisão ainda é, em todas as faixas, a campeã, com cerca de cem horas de audiência mensal, mesmo entre os mais jovens. Mas smartphones é o aparelho com maior crescimento entre os jovens, com aumento de penetração em 45% no ano passado.

Fonte: Meio&Mensagem.

terça-feira, abril 16, 2013

Margaret Thatcher, o “melhor cliente que já tivemos”

Poucos sabem, mas a fabricação de Margareth Thatcher foi um dos maiores cases de marketing político da história. Forjada como antagonista conservadora ao governo trabalhista que se desgastara no poder, a "dama de ferro" ergueu-se como a antítese do modelo estatista e liberal do Labour Party. Por trás dessa construção de imagem, a agência de publicidade M&C Saatchi, que agora prestou tributo a Margaret Thatcher com um anúncio de página inteira no Sunday Times em que descreve a ex-primeira-ministra como “O melhor cliente que já tivemos”. A agência fundada por Maurice e Charles Saatchi foi a responsável pela campanha ‘Labour isn’t working’ (o trabalhismo não está trabalhando, em tradução livre) que ajudou a líder dos conservadores a ganhar as eleições de 1979. O cartaz da campanha foi eleito o melhor do século XX no Reino Unido.

quinta-feira, abril 11, 2013

47% não sabem ou não lembram marcas parceiras da Copa do Mundo


Associar seu nome ao principal torneio de futebol do planeta é para poucos.
Mas não é garantia de reconhecimento. Segundo pesquisa feita pela Hello Research, 47% dos brasileiros não sabem ou não lembram o nome de alguma marca ou empresa patrocinadora oficial da Copa do Mundo de 2014. Já entre as mulheres esse número sobe para 58%, enquanto que na população acima de 60 anos o índice vai para 67%.
Da lista das 10 marcas mais lembradas (veja abaixo), apenas três são parceiras da Fifa: a líder Coca-Cola, com 32%, o Itaú (sexto, com 11%) e a Adidas (oitava, com 10%).
A Nike, parceira da seleção brasileira, é a segunda marca mais lembrada, com 18%. Na sequencia aparecem Caixa Econômica Federal e Bradesco com 13% cada. O Banco do Brasil (12%) é o quarto banco presente no rol dos 10 mais lembrados.
A pesquisa, realizada entre 22 de fevereiro e 7 de março pela agência de pesquisa de mercado, ouviu cerca de 1000 pessoas em mais de 70 cidades das cinco regiões do País. O estudo entrevistou indivíduos de ambos os sexos, de todos os graus de escolaridade, com idade entre 16 e 70 anos.

Marca/ Lembrança

1) Coca-Cola: 32%
2) Nike: 18%
3) Caixa: 13%
4) Bradesco: 13%
5) Banco do Brasil: 12%
6) Itaú: 11%
7) Petrobras: 10%
8) Adidas: 10%
9) Vivo: 9%
10) Brahma: 9%

Fonte: Meio&Mensagem.

85% dos brasileiros não sabem o que é Copa das Confederações

Estudo da Hello Research, realizado entre os dias 22 de fevereiro e 07 de março, aponta que 85% dos brasileiros não sabem o que é Copa das Confederações.
Foram realizadas entrevistas com cerca de 1000 pessoas em mais de 70 cidades brasileiras, espalhadas pelas cinco regiões do país.
O objetivo da pesquisa era apurar o que os brasileiros entendem sobre a Copa das Confederações, torneio que será sediado no Brasil no próximo mês de junho, onde estarão disputando os seis atuais campeões continentais, a equipe campeã mundial e o time do país-sede da Copa do Mundo.
A todos os entrevistados foi feita a seguinte pergunta: “Sobre a Copa das Confederações, você sabe o que é?”. 72% das pessoas disseram que não.
Apesar do crescimento do número de mulheres conhecedoras do universo do futebol, o público feminino representa a maior parcela das pessoas que não estão muito informadas sobre o assunto (88%), contra 54% de homens que desconhecem o significado da Copa das Confederações.
A pesquisa constatou ainda que os jovens são os mais “antenados”. Entre indivíduos de 16 a 25 anos apareceu o melhor resultado, com 35% deles declarando saber do que se trata o evento. Na faixa entre 25 e 34 anos, este número baixou para 33%. E a redução prosseguiu nas faixas de idades mais avançadas.
Entretanto, aos 28% que responderam saber realmente sobre o evento foi realizada a seguinte pergunta: “Qual a melhor definição para a Copa das Confederações?”. Destes, apenas 53% deram a resposta correta.
"Ou seja, na verdade apenas 15% dos brasileiros sabem exatamente o que é a Copa das Confederações, nos dando a surpreendente realidade de que 85% das pessoas simplesmente desconhecem o evento, ou ainda fazem muitas confusões sobre seu significado e importância", declara Davi Bertoncello, diretor executivo da Hello Research.
"É evidente que, por conta dos interesses comerciais de grandes marcas e instituições, vai haver muita comunicação sobre o evento que, a cada dia, vai melhorar seu índice de conhecimento até o início da competição. Mas, de qualquer forma, é surpreendente perceber que a maioria dos brasileiros não sabe ao certo o que é a Copa das Confederações, mesmo estando a pouquíssimo tempo de seu início, no Brasil", complementa Bertoncello.

terça-feira, abril 09, 2013

5 infalíveis dicas de marketing político para campanha de baixo custo

Quando se tem dinheiro e tempo de TV, tornar viável um candidato é uma tarefa possível mesmo em condições desfavoráveis. Mas para candidatos com baixo orçamento e sem mídia, o investimento em marketing torna-se ainda mais crucial. Se não investir nada, não há como pensar em fazer sua campanha decolar. Um dilema recorrente em um país que vive, a cada dois anos, a vertigem das urnas.
O vital para uma campanha exitosa é que os candidatos entendam seu produto e seu mercado consumidor, ou seja, as propostas que vai apresentar e o eleitor que ele precisa cativar para obter a delegação e o voto. Veja abaixo cinco dicas simples de marketing político que escrevi para ajudar a aumentar as possibilidades de êxito de sua campanha.

1. Para começar, invista

Não há como esperar resultados sem investir em marketing. Isso vale para as grandes empresas e para as pequenas, para os grandes candidatos e para os menores. E isso não pode ser feito, a não de maneira periférica, sem recursos. Há duas formas de obter recursos para uma campanha que não tem ao seu lado um grande investidor. O candidato pode fazer uma poupança específica para isso dois anos antes do pleito ou fazer, ao longo do ano que antecede o pleito, eventos como jantares ou almoços que reúnam os amigos e onde se possam fazer atividades que monetarizem o encontro, como bingos, sorteios ou coleta direta de recursos visando à campanha. O importante é não deixar de dar atenção a esta necessidade.

2. Monte uma boa equipe

Reúna amigos e colaboradores voluntários e dê a eles tarefas de acordo com a aptidão de cada um. Escolha dentre elas uma pessoa dinâmica e de sua confiança para assumir a coordenação. Entre as funções fundamentais estão o controle administrativo-financeiro, o comando de mobilização e o de inteligência, que colete informações e pesquisas de comportamento do eleitor. Se você não tiver dinheiro para contratar pesquisas com um instituto estruturado, monte seu próprio time de pesquisadores e adquira um software de tabulação de dados. Funciona. O próximo passo é ter por perto um bom profissional de marketing ou uma agência de publicidade experiente que oriente a equipe, ordene a fala e ajuste a mira do posicionamento. A partir de um planejamento estratégico, defina quais são seus objetivos eleitorais (quantos votos precisa para se eleger), qual o território (geográfico e/ou conceitual) que irá ocupar e como a equipe irá trabalhar.

3. Não erre no corpo a corpo

Se você não pode investir rios de dinheiro, dê atenção ao corpo a corpo. Um aperto de mão e um sorriso podem valer um voto. Eleitores são pessoas e pessoas cobram atenção. Quanto menos estrutura você tem, mais atenção pessoal deve dispesar ao eleitor. Ande, converse, exponha suas ideias, seja paciente e compreensivo com a angústia dos eleitores e a desilusão de muitos deles com os políticos. Olhe as pessoas nos olhos e pegue com firmeza em sua mão. Preste atenção no que eles dizem. Quando o eleitor é ouvido, ele sai satisfeito, e pode virar um instrumento de propaganda da sua campanha. Por isso, treine bem os seus ativistas e colaboradores para que o primeiro contato com o eleitor seja impecável.

4. Não copie a concorrência

Na hora de fazer sua campanha não caia na tentação de copiar o que o concorrente faz. O eleitor percebe o efeito "eco" que essa prática produz e tende a não dar atenção ao eco e sim ao som original. Outro erro é usar fórmulas desgastadas, chavões; cansado de ouvir mais do mesmo, o eleitor para de prestar atenção e todo o seu investimento será desperdiçado. As campanhas devem ser pensadas com objetivo de retorno. Há candidato a vereador que pensa que se colocar cavaletes em todas as esquinas e aparecer na TV por dez segundos garante a eleição, mas isso é uma ilusão. Visibilidade na TV dura alguns segundos. Caminhada nos bairros, reuniões com as comunidades, visita a obras sociais, plenárias temáticas para debater problemas específicos (saúde, segurança, educação) podem resultar em adesões e adesões viram voto.

5. Acerte na comunicação.

Outro ponto comum é o erro na comunicação. Ao fazer seu material de campanha seja simples e direto. O nome, o número, o rosto ou o gesto adequado e a cor predominante tem que estar em tudo o que for feito para vender o candidato. O resumo biográfico deve ter três ou quatro linhas e o eixo tematico deve ser imutável. Você será mais persuasivo se disser que luta para resolver um problema específico do que se disser que vai mudar o mundo. Não engane o eleitor nem ofereça aquilo que não possa garantir. Não atraia o eleitor oferecendo algo que ele não deseja ou rejeita ou para ações ilegais, como oferecer vantagens pecuniárias em troca de votos. Isso é crime e as autoridades estão cada vez mais atentas a essa prática. Amplos setores da sociedade não toleram mais candidatos que praticam o tudo o nada e a Lei da Ficha Limpa está aí para provar isso. Lembre-se de que o contato direto com o eleitor é uma ótima oportunidade de mostrar seu rosto, seu nome e sua ideia força e que qualquer deslize nesse momento pode repercutir rapidamente e produzir dano em sua imagem. Não desperdice essa oportunidade de causar uma boa impressão. 

sábado, abril 06, 2013

Mais tablets, mais TV

A cada dia, mais pessoas têm acesso a novos smartphones, tablets e outros devices, em todos os lugares do mundo. Com tantas “novas mídias” ao alcance das mãos, qual é a mais corriqueira atitude delas? Ligar a televisão.
A atitude, aparentemente contraditória, foi comprovada mais uma vez, naquele considerado o maior estudo sobre consumo de mídia e informações em múltiplas telas, realizado pela BBC em parceria com o instituto Insights Consulting. A pesquisa foi realizada com 3600 pessoas - de nove diferentes países - que possuem e fazem uso de, no mínio, três aparelhos, entre televisão, smartphones, computadores, tablets, etc.
A principal conclusão extraída da pesquisa é a de que não há competitividade, mas sim, complemento entre o uso de todas essas mídias. Em seu cotidiano, as pessoas foram incorporando as diferentes telas e não excluíram uma para fazer uso de outra. Pelo contrário: 83% dos donos de tablets, por exemplo, relatam que fazem uso dele enquanto estão assistindo televisão.
O hábito de acompanhar os programas de TV enquanto se conecta à internet via tablet ou smartphone já vem sendo apontado há algum tempo por institutos de todo o mundo e, agora, foi reforçado neste estudo. Segundo a pesquisa, 43% dos usuários de tablets declaram que, atualmente, assistem mais televisão do que há cinco anos, quando não possuíam o dispositivo. Em comunicado, o CEO global da BBC, Jim Egan, disse que o estudo comprova que as novas mídias não canibalizaram, mas sim complementaram o uso da televisão e que as pessoas conseguiram harmonizar a utilização das diferentes telas sem ignorar a TV.
A televisão, inclusive, continua sendo a mídia que mais ganha atenção do público. Considerando os devices mais comuns (tablets, smartphones e laptops), a TV continua ganhando o maior tempo dos usuários (42%). Na sequência, aparece o laptop (29%), os smartphones (18%) e os tablets (10%).
Esse uso conjunto das mídias é mais comum, segundo a pesquisa, entre os jovens adultos de 25 a 34 anos, geração que melhor conseguiu equilibrar e inserir as múltiplas telas em seu cotidiano. Os resultados do estudo também mostraram que, assim como foram acostumadas a ver publicidade na tela da TV, as pessoas também estão dispostas a aceitar as inserções publicitárias em dispositivos móveis – e, até mesmo, a interagir com eles.
A pesquisa foi realizada com espectadores e usuários das mídias móveis da Austrália, Cingapura, Índia, Emirados Árabes, África do Sul, Polônia, Alemanha, França e Estados Unidos.

Fonte: Meio & Mensagem.

quarta-feira, abril 03, 2013

O marketing invadiu o jornalismo

Era de ouro do jornalismo? Ledo engano. Há tempos a integridade editorial está comprometida pelo marketing, afirma Bob Garfield em matéria no Guardian - traduzida por Jô Amado para o Observatório da Imprensa. “Bem vindo à Economia do Jornalismo 101”, onde os anúncios classificados lucrativos desapareceram, onde a indústria enfrenta uma situaçao amplamente deficitária e a receita já nao sustenta organizaçoes de mídia sólidas – que dirá organizaçoes de mídia fracas. E isso significa que “uma porçao de gente esperta e desesperada vem procurando dinheiro, de maneira esperta e desesperada, em outros lugares. Até agora, o resultado tem sido pífio”. Garfield aponta para os releases disfarçados de reportagem, um caso fracassado de publicidade mascarada de editorial na The Atlantic, um programa do Washington Post – que também nao deu em nada – que cobrava das pessoas pelo acesso a seus repórteres em jantares “em off”, além dos pay-per-post, pay-per-tweet, pay-per-review.
Nada é o que parece ser, e “leitores e espectadores nao têm como saber que sao vítimas de marketing, ou que o conteúdo, de forma inerente, nao é confiável”. E nessa hora nem adianta tentar separar as indústrias pelo meio, defende Garfield, porque as marcas do jornalismo estao cada vez mais parecidas umas com as outras e, com isso, “vemos sinais inequívocos dos publishers caminhando encurvados rumo a um mínimo denominador comum da ética”. E segue – “Alguém que se preocupe, em profundidade, com um jornalismo de qualidade e independente, deveria rezar para que paywalls e outros modelos de assinaturas prevaleçam. Isso porque no mundo dos espertos e dos desesperados, os desesperados sempre ficam com a última palavra” Leia a matéria original em inglês aqui e a traduçao na íntegra no site do Observatório da Imprensa.