terça-feira, abril 09, 2013

5 infalíveis dicas de marketing político para campanha de baixo custo

Quando se tem dinheiro e tempo de TV, tornar viável um candidato é uma tarefa possível mesmo em condições desfavoráveis. Mas para candidatos com baixo orçamento e sem mídia, o investimento em marketing torna-se ainda mais crucial. Se não investir nada, não há como pensar em fazer sua campanha decolar. Um dilema recorrente em um país que vive, a cada dois anos, a vertigem das urnas.
O vital para uma campanha exitosa é que os candidatos entendam seu produto e seu mercado consumidor, ou seja, as propostas que vai apresentar e o eleitor que ele precisa cativar para obter a delegação e o voto. Veja abaixo cinco dicas simples de marketing político que escrevi para ajudar a aumentar as possibilidades de êxito de sua campanha.

1. Para começar, invista

Não há como esperar resultados sem investir em marketing. Isso vale para as grandes empresas e para as pequenas, para os grandes candidatos e para os menores. E isso não pode ser feito, a não de maneira periférica, sem recursos. Há duas formas de obter recursos para uma campanha que não tem ao seu lado um grande investidor. O candidato pode fazer uma poupança específica para isso dois anos antes do pleito ou fazer, ao longo do ano que antecede o pleito, eventos como jantares ou almoços que reúnam os amigos e onde se possam fazer atividades que monetarizem o encontro, como bingos, sorteios ou coleta direta de recursos visando à campanha. O importante é não deixar de dar atenção a esta necessidade.

2. Monte uma boa equipe

Reúna amigos e colaboradores voluntários e dê a eles tarefas de acordo com a aptidão de cada um. Escolha dentre elas uma pessoa dinâmica e de sua confiança para assumir a coordenação. Entre as funções fundamentais estão o controle administrativo-financeiro, o comando de mobilização e o de inteligência, que colete informações e pesquisas de comportamento do eleitor. Se você não tiver dinheiro para contratar pesquisas com um instituto estruturado, monte seu próprio time de pesquisadores e adquira um software de tabulação de dados. Funciona. O próximo passo é ter por perto um bom profissional de marketing ou uma agência de publicidade experiente que oriente a equipe, ordene a fala e ajuste a mira do posicionamento. A partir de um planejamento estratégico, defina quais são seus objetivos eleitorais (quantos votos precisa para se eleger), qual o território (geográfico e/ou conceitual) que irá ocupar e como a equipe irá trabalhar.

3. Não erre no corpo a corpo

Se você não pode investir rios de dinheiro, dê atenção ao corpo a corpo. Um aperto de mão e um sorriso podem valer um voto. Eleitores são pessoas e pessoas cobram atenção. Quanto menos estrutura você tem, mais atenção pessoal deve dispesar ao eleitor. Ande, converse, exponha suas ideias, seja paciente e compreensivo com a angústia dos eleitores e a desilusão de muitos deles com os políticos. Olhe as pessoas nos olhos e pegue com firmeza em sua mão. Preste atenção no que eles dizem. Quando o eleitor é ouvido, ele sai satisfeito, e pode virar um instrumento de propaganda da sua campanha. Por isso, treine bem os seus ativistas e colaboradores para que o primeiro contato com o eleitor seja impecável.

4. Não copie a concorrência

Na hora de fazer sua campanha não caia na tentação de copiar o que o concorrente faz. O eleitor percebe o efeito "eco" que essa prática produz e tende a não dar atenção ao eco e sim ao som original. Outro erro é usar fórmulas desgastadas, chavões; cansado de ouvir mais do mesmo, o eleitor para de prestar atenção e todo o seu investimento será desperdiçado. As campanhas devem ser pensadas com objetivo de retorno. Há candidato a vereador que pensa que se colocar cavaletes em todas as esquinas e aparecer na TV por dez segundos garante a eleição, mas isso é uma ilusão. Visibilidade na TV dura alguns segundos. Caminhada nos bairros, reuniões com as comunidades, visita a obras sociais, plenárias temáticas para debater problemas específicos (saúde, segurança, educação) podem resultar em adesões e adesões viram voto.

5. Acerte na comunicação.

Outro ponto comum é o erro na comunicação. Ao fazer seu material de campanha seja simples e direto. O nome, o número, o rosto ou o gesto adequado e a cor predominante tem que estar em tudo o que for feito para vender o candidato. O resumo biográfico deve ter três ou quatro linhas e o eixo tematico deve ser imutável. Você será mais persuasivo se disser que luta para resolver um problema específico do que se disser que vai mudar o mundo. Não engane o eleitor nem ofereça aquilo que não possa garantir. Não atraia o eleitor oferecendo algo que ele não deseja ou rejeita ou para ações ilegais, como oferecer vantagens pecuniárias em troca de votos. Isso é crime e as autoridades estão cada vez mais atentas a essa prática. Amplos setores da sociedade não toleram mais candidatos que praticam o tudo o nada e a Lei da Ficha Limpa está aí para provar isso. Lembre-se de que o contato direto com o eleitor é uma ótima oportunidade de mostrar seu rosto, seu nome e sua ideia força e que qualquer deslize nesse momento pode repercutir rapidamente e produzir dano em sua imagem. Não desperdice essa oportunidade de causar uma boa impressão.