sexta-feira, outubro 29, 2010

TSE suspende "telemarketing do mal" de Serra

A ministra Nancy Andrighi, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), concedeu liminar que suspende imediatamente o serviço de telefonia, realizado pela empresa Transit do Brasil S/A, em favor da candidatura do tucano José Serra. O serviço de telemarketing, denunciado nos últimos dias por vários eleitores, divulgava informações caluniosas contra a candidata Dilma Rousseff.
Eleitores e eleitoras de vários estados vêm recebendo diariamente ligações telefônicas com propaganda negativa contra a candidata Dilma Rousseff. O "telemarketing do mal" foi denunciado no começo do mês por meio de uma reportagem dos jornais Correio Braziliense e Estado de Minas, que o denominaram "telemarketing da calúnia". Trata-se de um novo procedimento dos adversários de Dilma, que espalharam uma série de boatos por e-mails e panfletos contra a candidata nos últimos meses.
Segundo o parecer, "a medida cautelar é necessária e premente, haja vista que tal propaganda irregular poderá causar estragos sem precedentes sobre a candidatura de Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores".
Os principais temas tratados na ligação dizem respeito ao aborto e ao caso Erenice Guerra. Segundo os telefonemas caluniosos, a candidata Dilma Rousseff seria a favor de que mulheres façam aborto, corrupta, chefe de quadrilha, outros termos.
Cardozo - O secretário-geral do PT, deputado José Eduardo Cardozo, comemorou a decisão. “Essa é uma das eleições em que infelizmente o subterrâneo, a calúnia e a difamação interferiram permanentemente e os nossos adversários se valeram de todos os recursos antiéticos para nos atingir”, lamentou Cardozo.
Segundo ele, com ações na Justiça, a campanha de Dilma Rousseff já conseguiu impedir a distribuição de panfletos difamatórios que estavam sendo impressos em uma gráfica ligada ao PSDB. “Tiramos o telemarketing também de circulação. E podemos nos preparar para outros ataques subterrâneos, caluniosos e difamatórios nos próximos dias”, afirmou o deputado.
No entanto, para Cardozo, a população já percebeu os instrumentos antiéticos usados pelos adversários. “Não nos intimidaremos. Nós continuaremos na Justiça lutando por nossos direitos enquanto nossos militantes, nas ruas, vão continuar defendendo nossa bandeira, nosso programa, para que no dia 31 façamos uma grande festa da vitória, porque elegeremos a primeira mulher presidente da República.”