Dos mais de 100 milhões de brasileiros da classe média, 31%, o equivalente a 32 milhões de pessoas, são jovens moradores de periferias, aponta estudo divulgado nesta segunda-feira (12) pela Serasa Experian e publicado pelo portal de notícias G1.
Entre os demais, 18% são pessoas que estão envelhecendo na periferia e outros 11% aspirantes sociais. Os três grupos representam 60% dos 104 milhões de pessoas da classe média.
O levantamento foi feito a partir de uma metodologia estatística que cruza dados da Serasa Experian, do Censo Brasileiro e da Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar (Pnad), diz a Serasa.
Entre os jovens da periferia, 30% ou 10 milhões de pessoas estão no grupo chamado de trabalhadores de baixa qualificação e com empregos formais; 29% (9 milhões) são jovens trabalhadores de baixa renda, com a maioria formada por mulheres; 20% (6 milhões) são jovens na informalidade, onde destacam-se mulheres chefes de família com menos de 25 anos. O grupo chamado de famílias assistidas da periferia representa 13% (4 milhões), residentes principalmente no Norte e Nordeste, sem relação com bancos e sem atividades de crédito ou financeiras.
Dos 19 milhões integrantes do grupo envelhecendo na periferia, 9 milhões (45%) são operários aposentados e outros 6 milhões (30%) são classificados como maturidade difícil: sem renda nem aposentadoria formal. Outros 4 milhões (25%) são casais maduros de baixa renda.
Entre os aspirantes sociais, 4,5 milhões (40%) são consumidores indisciplinados, jovens adultos com alto consumo e renda modesta, e 3,3 milhões (30%) são profissionais em ascensão social, que buscam mobilidade e status social por meio do trabalho e do estudo.