terça-feira, novembro 27, 2012

Por livre e espontânea pressão


O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), admitiu retirar de seu parecer o pedido de indiciamento de cinco jornalistas e a sugestão para que o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, seja investigado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
Segundo Cunha, esses dois itens são "secundários" e poderão sair se houver compromisso de aprovação de seu relatório final.
A verdade é que não é fácil enfrentar a imprensa mesmo quando esta está errada e diretamente envolvida na prática criminosa, como os denunciados pela CPI em questão.
A imprensa é um poder paralelo e age como tal. Com direito a quebrar os ossos de quem ousar enfrentá-la.

segunda-feira, novembro 26, 2012

Brasil supera o consumo de mercados online maduros


O estudo global “Digital Shoppers Relevancy”, feito pela Capgemini, aponta mudanças significativas e a rápida inovação dos canais de varejo tradicionais e eletrônicos, de acordo com a preferência dos consumidores. A pesquisa ouviu 16 mil consumidores digitais em 16 mercados, entre países maduros, como Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos, e em desenvolvimento, incluindo Brasil, China, Índia, Rússia e México.
O relatório mostra que os consumidores não são fiéis a um único canal e esperam uma integração entre lojas online, mídias sociais, soluções móveis e lojas físicas. 60% dos respondentes declararam que esperam que a convergência dos canais se torne uma regra até 2014, quando a experiência de compra unificada será comum. No entanto, isso será um desafio, já que mais da metade dos consumidores disseram que a forma como os varejistas, em sua maioria, posicionam-se atualmente nos diversos canais não é consistente.
O Brasil está na lista dos países que detêm uma evolução mais significativa em consumo por meio de canais digitais, junto com China, Índia, México, Turquia e Rússia, confirmando que os países em desenvolvimento têm avançado mais rápido nesses processos do que em economias tradicionais.
Os consumidores estão mais inclinados a usar canais digitais ao comprar produtos eletrônicos de alto valor, em comparação com outras categorias (eletrônicos comuns, moda, alimentação, materiais de construção, saúde e cuidados pessoais). Em todos os países, 54% dos entrevistados realizaram compras online de eletrônicos nos últimos seis meses. Essa categoria é dominada por viciados em compras digitais e compradores digitais sociais, e 59% dos consumidores digitais nessa categoria são homens.
“Mais de 2/3 dos clientes digitais no Brasil, Índia, México, China e Turquia disseram que estão interessados em conhecer novos produtos nas redes sociais e blogs. Isso significa também que existem grandes oportunidades para os investimentos no mercado de varejo e empresas de bens de consumo no Brasil”, comenta o CEO da Capgemini no Brasil, José Luiz Rossi.

Dentre as principais conclusões do estudo, destacam-se:

A internet continua sendo o canal dominante. Para os consumidores digitais, o website é o canal mais importante em um processo de compra, sendo que 80% deles, nos países em desenvolvimento e 63%, em países desenvolvidos, declararam que a internet é importante ou muito importante. No entanto, canais como mídias sociais, aplicativos de celulares e quiosques dentro das lojas estão se tornando mais populares como canais de varejo alternativos.

Mercados maduros e em desenvolvimento se diferenciam. Os compradores digitais aumentam significativamente em países em desenvolvimento. A tendência é que esse modelo de compra supere rapidamente a infraestrutura do varejo tradicional de mercados maduros. A maioria dos consumidores da Índia (72%) e da China (69%) compram mais produtos em uma única transação online do que em uma loja física, contra apenas 31% dos americanos (EUA).

O varejo como conhecemos vai mudar. Mais da metade dos consumidores em mercados maduros e em desenvolvimento disseram acreditar que, até 2020, as lojas físicas se tornarão apenas showrooms de produtos que poderão ser selecionados e encomendados.

Os compradores digitais gastarão mais. Ainda que 73% dos consumidores acreditem que os preços sejam mais baixos em lojas virtuais do que nas físicas, 56% deles gastam mais em uma loja física se tiverem realizado pesquisas prévias sobre o produto em canais digitais.

Não existe um perfil de comprador digital, mas as mulheres são mais comprometidas. Padrões de comportamento estão ligados a diversos fatores, como idade, sexo, categoria de produto, estágio do processo e maturidade do mercado. Pelo estudo, 55% das mulheres são mais comprometidas quando fazem compras em meios digitais do que os homens (44%).

Experiências (não muito) personalizadas podem ajudar as vendas. 61% dos consumidores disseram que querem que as lojas on-line se lembrem de seus históricos para agilizar as compras, mas só 41% querem ser identificados via smartphone ao entrar em uma loja física.

A pesquisa da Capgemini identifica seis perfis de consumidores que usam canais digitais de diferentes formas durante o processo de compra:

Compradores digitais sociais (25%). Têm menos de 35 anos, são fortes usuários de mídias sociais e querem compartilhar opiniões e experiências em canais digitais. Também são usuários ativos de celulares e aplicativos para pagar produtos, procurar itens e identificarem-se.

Viciados em compras digitais (18%). Pioneiros e experimentadores são os maiores compradores entre os seis perfis e usam ativamente canais digitais, tais como aplicativos de smartphones e tecnologias dentro da loja. Os homens compram muito usando canais digitais, mas se preocupam menos que as mulheres em estabelecer um diálogo com as empresas.

Compradores virtuais ocasionais (16%). 56% do grupo têm mais de 45 anos. Fazem compras online com pouca frequência, mas, quando o fazem, usam os canais digitais principalmente para escolher e comparar produtos e rastrear as entregas.

Compradores virtuais racionais (15%). Formam o segundo perfil mais ativo de compradores online, sendo a internet o canal preferencial durante o processo de compra, mas não se interessam muito por mídias sociais nem por aplicativos de compra para celulares.

Interessados em preço (13%). Importam-se com o preço, não gostam muito de fazer compras na internet e são, na maioria, mulheres (63%). Fazem compras online principalmente para encontrar o melhor preço para produtos que já sabem que querem.

Compradores tecnologicamente inseguros (13%). Na maioria jovens e adultos, sentem-se inseguros no uso de canais e aparelhos digitais, não os considerando relevantes para a compra.

Por [Webinsider]

sexta-feira, novembro 23, 2012

Financial Times alemão deixa de circular


O Financial Times Deutschland, o sétimo maior jornal alemão em termos de tiragem, vai deixar de circular a partir do dia 7 de dezembro, anunciou hoje a editora Gruner + Jahr.
A publicação, versão alemã do jornal britânico Financial Times, nunca deu lucro desde sua criação em 2000, segundo a G+J. Tanto a versão impressa quanto a da internet serão fechadas após o fracasso da editora de encontrar um possível comprador.
"Os jornais diários estão sob pressão, principalmente no setor financeiro", comentou Julia Jaekel, membro da diretoria da G+J. "Não vemos como manter as operações."
A G+J, com sede em Hamburgo e controlada pelo grupo de mídia Bertelsmann, também publica revistas de esportes, femininas e de comportamento.
As informações são da Dow Jones e do jornal O Estado de São Paulo.

Brasil está mais otimista do que os outros Brics


O Brasil aparece como o país com o melhor clima econômico entre os emergentes que compõem o grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e China), revelou a Sondagem Econômica, feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com o instituto alemão Info.
O Indicador de Clima Econômico (ICE) do Brasil, no trimestre de agosto a outubro deste ano, avançou para 6,1 pontos, em comparação ao índice de 5,2 pontos registrado no trimestre anterior. Já o resultado da Rússia foi de 4,3 pontos; o da China, de 4,7 pontos, e o da Índia, de 5,4 pontos.
"A China teve desaceleração do crescimento. Como as perguntas da sondagem são muito voltadas para o crescimento, o indicador acaba captando esse cenário. No Brasil, as projeções eram muito piores do que a realidade demonstrou, o que favoreceu o indicador", destacou Lia Valls, coordenadora de estudos do setor externo do Instituto Brasileiro de Economia da FGV.
Diante de resultados mais favoráveis do que o esperado, o ICE da América Latina avançou 5,2 pontos, acima do resto do mundo, onde prevalece o cenário de recessão. No Brasil e em países vizinhos, o clima está sendo favorecido pelas expectativas de crescimento do consumo nos próximos meses.
O Índice de Expectativa (IE) na América Latina, que junto do Índice de Situação Atual (ISA) formam a sondagem, alcançou 5,3 pontos, o maior nível desde janeiro de 2011 (5,7 pontos). Já a avaliação da economia no momento da pesquisa não é tão otimista. No trimestre até outubro, o ISA subiu, mas continua num nível relativamente baixo, de 5,1 pontos, segundo a FGV. No trimestre imediatamente anterior, o índice havia sido de 4,9 pontos.
A análise da FGV é que um ciclo vigoroso de expansão na América Latina depende da solução de entraves à economia mundial. "Os resultados da sondagem de outubro de 2012 mostram que o cenário ainda é muito nebuloso", diz o relatório.
Sem uniformidade. Os resultados dos 11 países destacados para a análise não são uniformes. O clima melhorou na Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia e Paraguai. No Peru e no Uruguai, o ICE desacelerou, mas o clima continua favorável. Nos demais países, apesar do aumento do ICE, o clima continua desfavorável, como na Argentina, ou ficou estável, como no México, Equador e Venezuela.
A percepção de que, nos próximos meses, a economia vai finalmente decolar opõe-se ao cenário nos EUA e na Europa, onde a demanda insuficiente é considerada o maior entrave ao desenvolvimento, mostra a pesquisa. O principal problema apontado pelos entrevistados é a falta de competitividade internacional e de mão de obra qualificada.

Por Fernanda Nunes / O Estado de S Paulo

As marcas de mídia mais lembradas no Brasil


Ouvindo mais de 2.000 pessoas, a Associação Brasileira de Anunciantes e a TopBrands Consultoria de Branding concluíram quais são as marcas de mídia mais lembradas pelos brasileiros.
Entre as revistas, a reacionária Veja teve a pontuação mais alta, 44%, enquanto a Rede Globo de Televisão foi a que se saiu melhor entre as de emissoras de TV, com pontuação de 62%.
Ambas foram incluídas entre as 14 marcas mais importantes de todas as categorias em termos de lembrança por parte dos consumidores, pontuando mais do que Visa (40%), Volkswagen (32%) e Itaú (28%), por exemplo.
Quanto ao nível de confiança em diferentes tipos de produtos e mídias, 87% responderam que o rádio é a mídia na qual mais confiam, seguida pela TV aberta (83%), internet (82%), jornais (79%) e revistas (78%). Considerando ainda que 61% dos entrevistados são usuários ativos das redes sociais, a pesquisa determinou também quais são as marcas de mídia mais discutidas nesses sites – Superinteressante (93%), Jovem Pan (87%), Globo.com (85%), Folha de São Paulo (75%) e TV Globo (58%).

A CPMI de Cachoeira e o papel da mídia

O papel moderno da imprensa, no mundo, tem dois divisores de água.
O primeiro, legítimo, o episódio Watergate, no qual um jornal (The Washington Post), com um jornalismo rigoroso e corajoso, logrou derrubar o presidente da República da maior Nação democrática do planeta.
O segundo, tenebroso, o processo ao qual foi submetido o magnata da mídia, Rupert Murdoch, depois de revelados os métodos criminosos do seu tabloide, "The Sun", para obter reportagens sensacionalistas.
O crime do The Sun foi ter se envolvido com baixos e médios escalões da polícia para atentar contra o direito à privacidade de cidadãos ingleses.

***
O relatório da CPMI de Cachoeira, traz dados muito mais graves do que os crimes do "The Sun". Mostra ligações diretas entre jornalistas e o crime organizado.
A acusação maior é contra a revista Veja e seu diretor em Brasília, Policarpo Jr. O relatório mostra, com abundância de detalhes, como Policarpo era acionado para derrubar autoridades e servidores públicos que incomodassem Carlinhos Cachoeira, atacar concorrentes do marginal e como encomendava dossiês a ele, muitos obtidos por métodos criminosos.

***

Já em 2008, a série "O caso de Veja" - que publiquei na Internet - mostrava os resultados dessa parceria.
Um esquema aliado de Cachoeira havia sido afastado dos Correios pelo esquema Roberto Jefferson. Jairo (o araponga de Cachoeira) armou um grampo em cima de um diretor, Maurício Marinho, recebendo propina de R$ 3 mil. A gravação foi entregue a Policarpo, que a considerou insuficiente. Providenciou-se outra gravação, aprovada por Policarpo.
Divulgado o grampo, caiu toda a estrutura montada por Jefferson e entrou a de Cachoeira. Veja compactuou com o novo grupo, mesmo sendo Policarpo conhecedor íntimo do esquema criminoso por trás dele.
Dois anos depois, a Polícia Federal implodiu o novo esquema. E a revista manteve-se em silêncio, preservando Cachoeira.

***
Nos estudos sobre as chamadas OrgCrim (organizações criminosas), em nível global, identificam-se braços nos três poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário - e também na mídia. O relatório descreve bem as funções da organização de Cachoeira no país.
Cachoeira ajudou a eleger o ex-senador Demóstenes Torres. Veja transformou-o em uma figura política poderosa, com sucessivas matérias apontando-o como o paladino da luta contra a corrupção. Com o poder que se viu revestido por Veja, Demóstenes transitava em repartições, junto a Ministros do Supremo, aumentando o poder de lobby da quadrilha de Cachoeira.

***
Veja é um ponto fora da curva no jornalismo brasileiro. Mas não ficou sozinha nessa parceria com o crime.
Um levantamento sobre as premiações do jornalismo investigativo nas últimas décadas vai revelar como fontes, em muitos casos, lobistas e criminosos da pior espécie.
Não apenas isso. Poderiam ser utilizados como fonte e suas informações servirem de ponto de partida para investigações mais aprofundadas. Mas eram utilizadas a seco, sem passar sequer pelo teste da verossimilhança, sem nenhum filtro, fuzilando reputações e, principalmente, atentando contra o próprio exercício do jornalismo.


Por Luis Nassif, jornalista e blogueiro

quinta-feira, novembro 22, 2012

Uma imprensa acima da lei?

O relatório do deputado Odair Cunha (PT-MG) conseguiu demonstrar o poder de fogo dos grandes meios de comunicação brasileiros ao mesmo tempo em que revelou o odioso corporativismo dos donos da informação. Em menos de 24 horas, os principais jornais do País enfileiraram suas tropas e apontaram os canhões na direção do relator da CPI do Cachoeira. Motivo: o deputado Odair ultrapassou uma linha perigosa, ao propor o indiciamento de cinco jornalistas e investigações a respeito da conduta de outros seis profissionais de imprensa. No Brasil a imprensa se acha acima do bem e do mal e acredita poder investigar a todos mas nunca ser investigada. Quando comete um erro, pensa poder acobertá-lo numa retórica cínica, que atribui qualquer crítica feita a ela como um ato de censura. Justo a grande imprensa brasileira, cúmplice silente da ditadura militar e dos desmandos seculares.
No episódio Cachoeira, o caso emblemático é o do jornalista Policarpo Júnior. O deputado Odair demonstra que o diretor de Veja tinha ciência de estar servindo a interesses privados do bicheiro Carlinho Cachoeira (que quase sempre não coincidiam com interesses públicos), valendo-se muitas vezes de munição para suas denúncias obtida por meio de gravações clandestinas ou compradas ilegalmente (como no caso do Hotel Naoum, em Brasília).
O relator também cita exemplos de profissionais que receberam dinheiro, champanhes e outros presentes de Cachoeira para produzir reportagens e passaram como recibo matérias de grande visibilidade. Mas, na visão dos grandes grupos privados de comunicação, investigá-los representa "uma ameaça à liberdade de expressão", como se a bandidagem praticada pela imprensa fosse uma bandidagem de alto nível e portanto acima da lei.
Tanto a Folha de S. Paulo como o jornal Estado de São Paulo produziram editoriais a respeito, como colunistas de renome, vide Ricardo Noblat, também condenaram o relatório de Odair Cunha.
Foi como se proclamassem, em uníssono: "Somos todos Policarpos". Ou, de outra maneira, "mexeu com ele, mexeu comigo".

Hereditariedade global

Manchete de um dos blogs de notícias mais lidos do país: "Filha de Renato Aragão estréia em novela em 2013". Está provado. A Globo é uma Capitania Hereditária.

Devassa faz guerrilha

Fugindo da mídia de massa e aproveitando o público cativo da marca, a cerveja Devassa realiza uma ação interativa em suas 30 unidades espalhadas pelas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. As lojas receberão a visita de três promotoras, uma loura, uma negra e uma ruiva, representando as cervejas da marca.
Durante a atividade, os clientes serão convidados a participar de um jogo da memória feito com peças personalizadas dos chopes comercializados pela empresa.
Os clientes que encontrarem o maior número de pares receberão brindes personalizados como chaveiros, jogos da memória e canetas estilizadas. A ação faz parte da comemoração dos 10 anos da marca.

Eleição aumenta audiência de sites de notícias

Os sites de notícias registraram um grande aumento no volume de acessos no mês de outubro. O número de usuários únicos, da subcategoria Eventos Correntes e Notícias Globais, cresceu 13% em outubro e chegou a 33,5 milhões. O tempo de uso por pessoa dos sites de notícias atingiu 47 minutos, um aumento de 17% no mês e de 22% no período de um ano. Os dados são da pesquisa NetView que o IBOPE Media realiza em parceria com a Nielsen.
Em domicílios, o tempo de uso dos sites de notícias registrou um crescimento ainda maior, com aumento de 19% no mês e de 24% em um ano, chegando a atingir mais de 32 minutos por pessoa.
Segundo o analista José Calazans, do IBOPE Media, esses números são resultado da maior procura por informações sobre o resultado das eleições neste período. “Os resultados eleitorais ainda são, de longe, o maior provocador de picos de consumo nas páginas de notícias da internet brasileira”, afirma o analista.

quarta-feira, novembro 21, 2012

Crise européia induz aumento do investimento em propaganda

As fabricantes europeias de automóveis vêm aumentando o investimento em publicidade enquanto a crise insiste em assombrar o continente. A movimentação segue o caminho oposto das marcas da maioria dos segmentos que atuam na Europa, que cortam deliberadamente os recursos para as campanhas na tentativa de economizar. Em países como Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Espanha - principais centros do setor automobilístico -, o aumento chega a 3,9%, segundo a Nielsen, empresa especializada em pesquisas de consumo.
Além do incremento no investimento, as marcas usam outras estratégias, que muitas vezes se chocam, como o anúncio durante grandes eventos esportivos. No último dia 17 de novembro, por exemplo, os telespectadores que acompanharam a partida de futebol entre Juventus e Lazio viram no intervalo um show de confrontos internacionais envolvendo, entre outros, alemães, franceses, italianos. Ou Volkswagen, Renault e Fiat, que estão entre as sete montadoras que pagaram para anunciar durante os 15 minutos de pausa do jogo.
Nas páginas dos principais jornais e revistas do continente, a história é a mesma. Em 2011, as fabricantes investiram mais de 8,2 bilhões de euros - ou R$ 21 bilhões - em publicidade, cerca de 14% a mais que dois anos atrás. Até mesmo a PSA Peugeot Citroën, que planeja cortar cerca de 8 mil empregos, manteve o investimento na publicidade, alegando que quer mesmo é preservar a visibilidade.
Em meio à crise, os astros principais nem sempre são celebridades. Durante o clássico italiano do sábado passado os preços foram o foco das campanhas. A Fiat chega a oferecer descontos de até cinco mil euros nos modelos 500 e Panda movidos a GNV. Já a Opel se vale da garantia de 30 dias para avaliação com direito a devolução do dinheiro caso o cliente não aprove o carro - desde que não ultrapasse os 3.000 km.
A publicidade também ajuda quem não é da Europa. A Hyundai, por exemplo, investiu para divulgar itens como o design e recursos tecnológicos a um preço razoável e já soma 3,4% de market share na Europa nos primeiros dez meses do ano. Um ano atrás detinha 2,9%. A marca optou pelo patrocínio dos principais torneios de futebol do continente. Apesar disso, a marca reconhece que a crise obriga a publicidade a se focar muito mais diretamente na venda do que em qualquer outro aspecto.

Brasil será o quinto maior mercado publicitário do mundo em 2014


Um levantamento da consultoria ZenithOptimedia  revelou que o Brasil se tornará o quinto maior mercado publicitário do mundo em 2014. Segundo a agência de mídia do Grupo Publicis, serão investidos US$ 22,2 bilhões no ano da Copa do Mundo no país. O montante supera as projeções de compra de espaço publicitário no Reino Unido, que ocupa a posição atualmente.
Os quatro primeiros mercados continuarão com Estados Unidos (US$ 174.593 bi), Japão (US$ 53.434 bi), China (48.755 bi), e Alemanha (27.548 bi).
No ranking mundial de mercados publicitários de 2011, o país classificou-se em sexto lugar, com investimentos de US$ 16,8 bilhões, de acordo com a consultoria.
Já o Projeto Inter-Meios calcula um panorama diferente. De acordo com o projeto, o Brasil já passou o Reino Unido em 2011 com a compra de espaço publicitário. Estudo coordenado por Meio & Mensagem e realizado pela PricewaterhouseCoopers, aponta que em 2011 o mercado publicitário brasileiro movimentou US$ 23,4 bilhões (incluindo as verbas investidas em mídia e na produção das peças publicitárias). O valor de 2011 é, inclusive, maior do que a previsão da Zenith para o Brasil em 2014.

quarta-feira, novembro 14, 2012

Brasil é a quinta economia criativa do mundo


Ao todo, o mercado formal de trabalho da indústria criativa era composto por 810 mil profissionais no ano passado - todos voltados a trabalhos que envolviam criatividade mesmo que empregados em empresas tradicionais, como projetistas de carros e diretores de marketing. A cifra representava 1,7% dos trabalhadores brasileiros.
Com base na massa de salários recebida por esses trabalhadores (aplicando a ela uma metodologia de projeção estatística), a Firjan (Federação das Indústria do Estado do Rio) estimou o PIB (Produto Interno Bruto) da economia criativa brasileira em R$ 110 bilhões (2,7% do total).
Tal valor coloca o país como o quinto maior produtor de atividades criativas, à frente de países como Itália e Espanha. Os líderes são EUA, Reino Unido e França.
A indústria criativa integra 14 segmentos como artes, música, pesquisa e desenvolvimento, design, engenharia e arquitetura (projetos), computação, mídia e outros, com 243 mil empresas cujo foco principal é produzir a partir da criatividade.
Considerando toda a cadeia de fornecedores, o número chega a 2 milhões de empresas, segundo a Firjan.

LÍDERES EM EMPREGO

Dentre os segmentos, os que mais empregavam eram arquitetura e engenharia (230,3 mil), publicidade (116,4 mil), design (103,2 mil), software, computação e telecomunicações (97,2 mil). Os números incluem profissionais dedicados apenas a atividades criativas, como, no caso de engenheiros e arquitetos, a elaboração de projetos e design, por exemplo.
Para Gabriel Pinto, da Firjan, o boom da construção civil fez aumentar a procura por engenheiros e arquitetos, assim como o crescimento da economia sustentando pelo consumo fez crescer a demanda por profissionais das áreas de marketing e publicidade. "Os profissionais da área de publicidade tiveram de pesquisar, lançar produtos e se comunicar como essa nova classe média emergente."

terça-feira, novembro 13, 2012

Jovens da periferia representam 31% da classe média brasileira


Dos mais de 100 milhões de brasileiros da classe média, 31%, o equivalente a 32 milhões de pessoas, são jovens moradores de periferias, aponta estudo divulgado nesta segunda-feira (12) pela Serasa Experian e publicado pelo portal de notícias G1.
Entre os demais, 18% são pessoas que estão envelhecendo na periferia e outros 11% aspirantes sociais. Os três grupos representam 60% dos 104 milhões de pessoas da classe média.
O levantamento foi feito a partir de uma metodologia estatística que cruza dados da Serasa Experian, do Censo Brasileiro e da Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar (Pnad), diz a Serasa.
Entre os jovens da periferia, 30% ou 10 milhões de pessoas estão no grupo chamado de trabalhadores de baixa qualificação e com empregos formais; 29% (9 milhões) são jovens trabalhadores de baixa renda, com a maioria formada por mulheres; 20% (6 milhões) são jovens na informalidade, onde destacam-se mulheres chefes de família com menos de 25 anos. O grupo chamado de famílias assistidas da periferia representa 13% (4 milhões), residentes principalmente no Norte e Nordeste, sem relação com bancos e sem atividades de crédito ou financeiras.
Dos 19 milhões integrantes do grupo envelhecendo na periferia, 9 milhões (45%) são operários aposentados e outros 6 milhões (30%) são classificados como maturidade difícil: sem renda nem aposentadoria formal. Outros 4 milhões (25%) são casais maduros de baixa renda.
Entre os aspirantes sociais, 4,5 milhões (40%) são consumidores indisciplinados, jovens adultos com alto consumo e renda modesta, e 3,3 milhões (30%) são profissionais em ascensão social, que buscam mobilidade e status social por meio do trabalho e do estudo.

sábado, novembro 10, 2012

2012: o voto custou R$ 60


Os nove prefeitos eleitos no 1.º turno das eleições deste ano gastaram de R$ 4 a R$ 60 por voto para se eleger. O que mais desembolsou, proporcionalmente, foi o futuro mandatário de Palmas, Carlos Amastha (PP): R$ 60 por voto obtido.
O levantamento foi feito com base na prestação de contas das campanhas divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral anteontem. As informações das cidades que tiveram 2.º turno ainda não foram entregues ao TSE.
Dos R$ 3,5 milhões gastos por Amastha na campanha, ele próprio doou cerca de R$ 3,1 milhões. O empresário colombiano do ramo de shoppings que se naturalizou brasileiro declarou à Justiça Eleitoral que tem um patrimônio de R$ 18 milhões.
O empresário foi o quarto candidato mais rico a concorrer nas eleições municipais deste ano.
O montante total gasto pela campanha do prefeito eleito de Palmas é bem inferior, por exemplo, aos mais de R$ 28 milhões usados por Marcio Lacerda (PSB), reeleito em Belo Horizonte. Mas, proporcionalmente, o prefeito mineiro gastou menos: foram R$ 42 por voto obtido.
Lacerda também foi um dos candidatos milionários dessas eleições. Liderando o ranking de bens declarados, ele disse ser dono de uma fortuna que ultrapassa os R$ 58 milhões.
A reeleição de Eduardo Paes (PMDB) no Rio de Janeiro foi, proporcionalmente, uma das mais baratas, pagando R$ 4 para cada eleitor conquistado. O peemedebista obteve 64% dos votos válidos no dia 7 de outubro.
Os mesmos R$ 4 foram gastos por José Fortunati (PDT) em Porto Alegre. Ele também disputava a reeleição.
Uma proposta de financiamento público de campanhas eleitorais que tramita no Congresso sugere que o gasto por eleitor não supere o valor de R$ 7 por voto.
A maioria das campanhas, no entanto, gastou mais do que isso. Em Boa Vista, a prefeita eleita Teresa Surita (PMDB) desembolsou R$ 34 por voto. João Alves Filho (DEM), que venceu em Aracaju, gastou R$ 24, e Rui Palmeira (PSDB), prefeito eleito de Maceió, R$ 21.
Os eleitos de Goiânia, Paulo Garcia (PT), e Recife, Geraldo Julio (PSB), tiveram a mesma despesa por voto: R$ 15.
As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de São Paulo que ignorou olimpicamente as eleições em Belém e Manaus, ambas vencidas pelo PSDB.

quarta-feira, novembro 07, 2012

O impacto da vitória de Obama no mercado publicitário

Com direito a mais quatro anos de poder na Casa Branca, o governo Barack Obama representa algumas diretrizes que podem impactar a publicidade no maior mercado do mundo.
A primeira deverá afetar as atuais deduções de impostos para custos de publicidade nos Estados Unidos. No primeiro mandato, Obama não discutiu o assunto, mas nesta campanha os dois candidatos tocaram no assunto. Dan Jaffe, executivo da Association of National Advertisers (ANA) afirmou recentemente que as agências de publicidade não devem pensar que estão imunes a essa possibilidade.
Outra questão que precisa estar aos olhos das agências é a privacidade online. William Rice, presidente da Web Marketing Association (WMA) se diz certo que o segundo mandato deverá resultar em um controle mais rígido sobre o colhimento de informações pessoais na internet. “Regulamentações sobre o que os anunciantes podem coletar dos sites serão severamente restritas”, apontou. Coincidentemente, a capacidade da campanha de Barack Obama de colher dados foi um elemento chave na vitória.
O marketing voltado ao público infantil deverá ter mudanças também. No primeiro mandato, a administração Obama fez restrições às publicidades de alimentos para este público. Margo Wootan, diretora de políticas de nutrição do Center for Science in the Public Interest, afirma esperar para breve um estudo da Federal Trade Commission (FTC) sobre o impacto da autorregulamentação dos mercados de alimentos e bebidas. Os dados devem realimentar os debates e Obama deve apresentar novidades.
No Congresso, que mantém maioria republicana, a expectativa é para um olhar mais próximo sobre as deduções que o mercado de publicidade possui. “As deduções em todos os mercados estão sendo olhadas pelos dois partidos. A reforma tributária e a redução do déficit são questão importantes, independente de quem ganhasse”, aponta Rita Cohen, da Magazine Publishers of America. Além disso, espera-se grande disputa sobre a questão dos dados da internet, com um lado defendendo uma regulamentação e o outro contra o aperto.

Com informações do Advertising Age

Leia mais aqui: http://www.meioemensagem.com.br/home/comunicacao/noticias/2012/11/07/O-impacto-da-reeleicao-de-Obama-na-publicidade#ixzz2BZceAfTr