terça-feira, novembro 12, 2013

Cenas violentas triplicam em filmes para adolescentes desde 1985 nos EUA

A notícia foi publicada pela agência France-Presse: a violência com armas de fogo que pode ser vista em filmes por crianças menores de 13 anos triplicou desde 1985 nos Estados Unidos, o ano em que começou a ser aplicado um sistema de classificação etária, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira.
Estes filmes, classificados como "PG-13" (guia para pais 13), continham em 2011 e 2012 muito mais cenas violentas com armas de fogo que aqueles destinados aos adultos e classificados como "R" (restrito) durante o mesmo período, lamentam os autores do estudo.
Além disso, esses filmes foram os mais populares nos últimos anos.
"É surpreendente ver esta explosão de violência com armas em filmes que são, na maior parte, dirigidos diretamente a um público adolescente", considera Brad Bushman, professor de comunicação e psicologia da Universidade de Ohio, principal coautor do estudo publicado online pela revista americana Pediatrics.
Esta tendência nos filmes dirigidos a adolescentes é preocupante, porque múltiplas pesquisas demonstraram que a presença de uma imagem ou de uma arma aumenta a agressividade de uma pessoa em relação às outras.
A classificação PG-13 nos Estados Unidos adverte os pais para o fato de que certas cenas podem ser desaconselháveis a melhores de 13 anos, mas não devem nunca conter a violência própria dos filmes catalogados como "R" e reservados aos adultos (de mais de 17 anos), segundo revela Brad Bushman.
"Parece que os filmes que contêm cenas de sexo caem com mais frequência na categoria (de filmes) restritos aos adultos que os que contêm violência", acrescenta.
Os pesquisadores analisaram 915 filmes que estrearam entre 1950 e 2012 e que estavam entre os 30 mais populares a cada ano neste período de 62 anos.
Encontraram cenas de cinco minutos de violência interpretadas por cada um dos personagens e determinaram se utilizavam armas de fogo.
De modo geral, descobriram que as cenas de violência quase quadruplicaram entre 1950 e 2010. Desde 1985, ano em que começaram as classificações de filmes nos Estados Unidos, 94% dos 367 filmes continham ao menos uma sequência de mais de cinco minutos de violência, determinou o estudo.
No total, estes filmes continham 700 cenas de violência com armas de fogo.
Nos filmes reservados a adultos, o número médio de cenas de violência com armas de fogo permaneceu quase igual (1,54 cena por hora) de 1985 a 2010.
No entanto, os filmes classificados como PG-13 não continham quase nenhuma cena de violência com armas em 1985. Mas a partir deste período a frequência das cenas violentas começou a aumentar e se acelera desde 2005.

domingo, novembro 10, 2013

As 3 leis para se tornar um redator publicitário incrível

Houve um tempo em que as mídias eram três: impressa, televisionada e radiofônica. Hoje praticamente tudo é mídia. Até você. Então a luta para chamar a atenção do cliente em potencial precisa ser decidida nos primeiros cinco segundos em que a publicidade encontra o alvo. Uma das razões pelas quais a publicidade no YouTube é um fiasco (93% das pessoas pulam a publicidade que aparece no começo da exibição dos vídeos) é porque as agências que usam este tipo de mídia ainda não entenderam que só tem 5 segundos - e não mais 30 - para vender algo. É por isso que o título, a chamada, se tornou o bem mais precioso da publicidade. É como se você estivesse pedindo "por favor, me dê cinco segundos de sua atenção?"
Então, quais são as 3 leis para se tornar um redator publicitário incrível?

1. Ler muito! Ler dezenas de centenas de milhares de títulos (isso quer dizer: leia quantos você puder), se possível em muitas fontes. Anote. Analise a estrutura narrativa ali contida. Então, concentre-se nos bons – encontrados em anuários e premiações – mas leia alguns comuns também; nem toda campanha vendedora é premiada e vice-versa e você não está no negócio da criação literária. Redatores de publicidade são vendedores.
2. Saiba sobre tudo. Exercite sua curiosidade. De culinária árabe à invasão mongol. Se você não é curioso, mude de profissão. Joseph Sugarman disse que os melhores redatores do mundo têm sede de conhecimento, são curiosos e não têm medo do trabalho; se trabalho matasse redatores eles já estariam extintos.
3. Pratique! Oswaldo Mendes, decano da publicidade no Brasil, ensina que é preciso criar dezenas de títulos (para uma única campanha) para ter uma peça premiada. No caso de títulos publicitários, a quantidade gera mais qualidade do que você pode imaginar. Ou, repetindo Mendes: "90% de transpiração e 10% de inspiração é a única formula que funciona".

Afinal, títulos vendem? Sim, vendem. O que é um título poderoso? É aquele que prende a atenção do leitor ou de telespectador. Um título tem que ser mais criativo ou mais vendedor? Tem que ser mais pertinente porque a publicidade é uma atividade centrada na pertinência e a criatividade só serve se produzir pertinência vendedora. É possível medir sua eficiência? Sim, mas essa não é uma função do redator de publicidade.
John Caples (a pessoa mais importante para a publicidade mundial segundo a AdAge) catalogou 119 títulos comprovadamente eficientes em seu livro Tested Advertising Methods.
O livro que completou uma década é uma das raras ocasiões onde a publicidade se encontra
com a ciência (embora essa distância parece estar diminuindo nos últimos anos com a introdução do neuromarketing e de outras ferramentas de mensuração em tempo real).
Caples não revela seu método, mas segundo o famoso redator muitos títulos alcançaram o seu objetivo. Os catalogados foram os que funcionaram dentre centenas de outros que não.
De todos os 119 títulos, 24 falam em dinheiro, 22 em começam com “Como”, 20 prometem algo rápido (ex: “perca peso em 3 dias”) e 4 possuem a palavra “agora” no meio. Ou seja, a maioria faz uma promessa direta, tangível, mensurável. O cliente não gosta de ler anúncios. Ele os lê em busca de solução concreta para um problema concreto, ainda que isso não se expresse me modo consciente.
Bons títulos chamam a atenção das pessoas. Mas isso é o bastante pra dizermos que funcionam? Não. Mas não importa. A sua função, redator, não é fazer funcionar; é levar o cliente a se interessar pelo produto. É obter a segunda atenção. É colocar o produto em sua mão. Se ele comprar ou não isso vai depender de outras tantas variáveis.
A publicidade é apenas um dos canais de marketing e não é nem o único responsável pelo sucesso de vendas de um produto nem o único responsável pelo seu fracasso.
Não se deixe enganar pela imagem. A mágica está na chamada. Ou o título captura a atenção do leitor ou a bela imagem servirá apenas como papel reciclado no dia seguinte.