sexta-feira, março 22, 2013

94,2 milhões no Brasil acessam internet


O número de usuários de internet no Brasil atingiu recorde de 94,2 milhões no Brasil, informa o Ibope, considerando-se tanto os que acessam a rede em casa, no trabalho, escolas e postos públicos como lan-houses. Esses dados gerais foram consolidados no terceiro trimestre de 2012.
A quantidade de usuários ativos em casa ou no local de trabalho cresceu 5,8% em fevereiro de 2013 em comparação ao mesmo período em 2012. Em fevereiro deste ano, o número foi de 51,5 milhões e, no ano passado, foi 48,7 milhões, de acordo com a pesquisa NetView, do IBOPE Media.
Destaques
Os sites pertencentes à subcategoria Ferramentas de Finanças cresceram 36% entre fevereiro de 2012 e fevereiro de 2013, alcançando 7,6 milhões de usuários únicos, ou dois milhões a mais que um ano atrás, informa o instituto. Em fevereiro de 2010, os sites atingiram 3,6 milhões de usuários e, no mesmo período do ano seguinte, 4,8 milhões.
Entre os portais mais acessados estão os de pagamento digital online, de cálculos financeiros e de consultas de consumidores a informações sobre restrição de crédito. Além de finanças pessoais, os usuários únicos também têm consultado sites de previsão do tempo de ONGs, particularmente páginas de petição online, cuja audiência foi impulsionada pelas redes sociais.

Publicidade na internet cresceu 21% no último ano


De acordo com o AdRelevance, serviço que monitora a publicidade online, ao longo de 2012, foram publicados mais de 20 mil banners por mês, de cerca de 2,5 mil diferentes anunciantes.
Em volume de investimentos, a internet foi o meio que apresentou maior crescimento proporcional em investimentos publicitários no Brasil, na comparação entre os valores obtidos em 2012 e 2011.
Segundo dados do Monitor Evolution do IBOPE Media, no total do último ano, foram investidos cerca de R$ 6,5 bilhões na web, valor 21% superior aos 5,4 bilhões consolidados em 2011.

terça-feira, março 19, 2013

Neuromarketing versus focus group


Martin Lindstrom faz uma palestra exclusiva na HSM ExpoManagement. Apontado como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela Time, em 2009, o autor dinamarquês não é o único guru do neuromarketing a colocar o País em sua agenda, recentemente. Em outubro, o indiano A.K. Pradeep, CEO da Neurofocus, visitou empresas em São Paulo e no Rio de Janeiro, para apresentar o trabalho de sua empresa, comprada pela Nielsen neste ano.

Se a nata do neuromarketing está de olho no mercado brasileiro, o mercado brasileiro também está de olho no neuromarketing. Ambev, Unilever e Kraft estão entre as gigantes de seus setores que usam os estudos neurológicos para a criação de anúncios ou o desenvolvimento de embalagens para seus produtos. O laboratório de neuromarketing da Fundação Getúlio Vargas realizou pesquisas que geraram insights para campanhas da Prefeitura de São Paulo (sobre o respeito à faixa de pedestre, que entra em breve na sua segunda fase) e do Governo Federal (para o combate à dengue, a ser lançada).

Para Eileen Campbel, CEO da MIlward Brown, o debate sobre se devemos parar de fazer perguntas para pessoas em grupos, e passar a apenas medir cada indivíduo pelas reações de seu cérebro, o suor das palmas das mãos ou o aceleramento das batidas cardíacas é válido e atual. “Ambas têm o seu espaço. É certo que há algo de emocional em cada decisão de compra, mas, para mim, quando se trata de relações humanas, perguntar é a melhor maneira de saber ao certo porque uma pessoa gosta ou não da sua marca ou o que você deveria mudar nela”, opina Eileen, um dos quatro profissionais entrevistados pelo Meio & Mensagem para este Em Perspectiva.

O neuromarketing é uma tendência para as pesquisas do futuro ou uma ferramenta a ser aplicada para fins específicos? Seriam as pesquisas por meio da atividade cerebral dos consumidores mais eficientes do que métodos tradicionais, como os grupos de discussões (focus group), também chamados de "pesquisa qualitativa"? Quais as vantagens e desvantagens de cada uma?

Agência

"Ambos os tipos de pesquisas têm seu espaço, mas para medir coisas diferentes. A neurociência pode dizer o que está acontecendo no cérebro de uma pessoa, mas não pode explicar o porquê . É um meio muito solitário para a mensuração. Por outro lado, ajuda as pessoas a articular ideias que não seriam capazes de organizar verbalmente. Assuntos que deixam as pessoas temerosas ou ansiosas, ao falar em público, como finanças pessoais, podem ser melhores entendidas por meio da neurociência. Como em tudo o que envolve grandes novidades, há pessoas que aderem como se fossem evangelistas e fazem afirmações como “você nunca fará uma pesquisa novamente”. Isto não é verdade. Não se pode prometer além do que a neurociência pode fazer: é um método para compor o mix de pesquisas. Entre as desvantagens do neuromarketing em relação às pesquisas com interação, não há as pessoas se confrontando e motivando o resto do grupo. Nas Focus Group, o debate às vezes é tão interessante que o moderador apenas senta-se e presta atenção no debate do grupo."

"Não dá para generalizar dizendo que um tipo de pesquisa substitui a outra. Elas podem ser complementares, dependendo do que se busca. Usamos a neurociência para avaliar a exposição do produto em gôndola no ponto de venda, por meio de ferramentas como o eye tracking, e no desenvolvimento de embalagem, para descobrir quais elementos que realmente comunicam melhor. Mas, para avaliar se o conceito e o mix correspondem àquilo que você desenvolveu, é importante ouvir a opinião da dona de casa. Às vezes é preciso fazer testes de produtos ou ouvir a opinião de um grupo – aí partimos para as pesquisas mais tradicionais. As vantagens de cada uma dependem do objetivo. As Focus Group continuam sendo importantes em validações. Para fins mais específicos, a neurociência ajuda. O ideal é uma combinação de metodologias."

Pesquisador

"Por ser declarada, a Focus Group tem limitações: as pessoas acabam se posicionando levando em conta o ambiente em que estão inseridas. É possível simular. Já a neurociência aprofunda o entendimento do subconsciente e consegue ser mais precisa sob o ponto de vista de estar avaliando a emoção. Contem uma quantidade de variáveis sutis impossíveis de serem detectadas em uma declaração. Para a campanha pelo respeito à faixa de pedestre, feita pela agência Nova SB para a Prefeitura de São Paulo, fizemos um estudo de neuromarketing. O resultado mostrou que a faixa não gerava envolvimento emocional: os motoristas viam os outros carros, os pedestres e os semáforos, mas simplesmente não enxergavam a faixa, era como se essa sinalização não existisse. Esse insight direcionou toda a campanha. Em uma pesquisa em grupo, os motoristas participantes provavelmente diriam que respeitavam a faixa. Mas não consigo imaginar a pesquisa em marketing sem os procedimentos qualitativos e quantitativos. Vejo as Focus Group e a neurometria como pesquisas complementares."

"Algumas pessoas pensem que o neuromarketing é a resposta para tudo e há outros que pensam exatamente o contrário. Para mim, a resposta está no meio. O neuromarketing pode trazer bons insights, mas os testes são necessários para comprovar o que descobrimos numa mensuração emocional. As pessoas encontram tantas opções de produtos nas lojas: há muito para o que se olhar e, como resultado, os consumidores não compram de uma maneira racional. Quando perguntamos as pessoas o que é importante para ela ou porque ela comprou tal marca, as respostas podem não ser necessariamente bem conectadas ao que realmente acontece. O eyetracking ajuda a entender o que se destaca no ponto de venda. A neurociência nos ajuda a entender os pontos emocionais da experiência, mas é preciso observá-las no ponto de venda na hora da tomada de decisões, para saber se, quando está na mão de uma pessoa, a embalagem estabelece alguma relação emocional com este consumidor. E apenas fazer perguntas não nos dá essa resposta. Perguntar é bom nos estágios iniciais do processo do design, mas não para os ajustes finais."


Leia Mais em Meio & Mensagem: http://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/em_perspectiva/2011/11/08/Neuromarketing-vs-Focus-Group.html#.UUjYIyo4qUk#ixzz2O1WDh8KD

segunda-feira, março 04, 2013

Viciados em internet


Podemos dizer assim ou falar de modo mais ameno: "os brasileiros são os campeões mundiais quando o assunto é o tempo gasto na web".
Segundo o Net Insight, estudo sobre internet do Ibope Media, em dezembro de 2012 os brasileiros gastaram em média 43 horas e 57 minutos navegando na web. Os dados levam em consideração, além do Brasil, EUA, Japão Alemanha, França, Itália, Espanha e Suíça.
“O aumento do número de usuários na internet e do tempo gasto na navegação refletem um cenário positivo para o e-commerce, que deve manter o seu forte ritmo de crescimento este ano”, afirma Pedro Eugenio, CEO do Busca Descontos site que reúne cupons de descontos grátis e responsável pelo BlackFriday.com.br.
Dentre os países incluídos na pesquisa, o Brasil já é o terceiro em quantidade de usuários ativos na internet. Em dezembro do ano passado, o país contava com 52,5 milhões de usuários. A frente do Brasil estão os Estados Unidos, com 198 milhões de usuários ativos, e o Japão, com 60 milhões.
O segundo país em tempo gasto na internet é a França, que no último mês de dezembro gastou em média 39 horas e 23 minutos. Na terceira colocação está a Alemanha, com 37 horas e 23 minutos gastos por usuário.
Segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), as vendas no comércio eletrônico brasileiro cresceram 29% em 2012, movimentando R$ 24,12 bilhões.

Direto de Barcelona: mobile is a tool. Not a toy


Enquanto TNS, comScore, inMobi e outras consultorias e institutos de pesquisa apresentavam dados sobre a forma como o consumidor global usa o celular no Mobile World Congress (MWC), em Barcelona, um elemento se destacou entre os demais: a forma secundária como o consumidor encara o celular.
Não estou dizendo que o uso comum do aparelho não é fundamental para ele, mas, sim, que o aparelho pode ser fundamental para potencializar a experiência dele com outras categorias, atividades, acessórios etc. Basta considerar que não existe uma "hora de usar o celular", como existe a de ver TV, a de ir à academia, tomar banho, jantar. O celular é um excelente companheiro das atividades diárias. Em comunicação, isso muda tudo; muda porque não deveríamos nos centrar em "falar sobre ele" (como "toy"), mas em como ele potencializa as coisas (como "tool").

Para se ter uma ideia, a inMobi apresentou um estudo global sobre momentos de uso, e os resultados impressionam:
85% enquanto esperam por algo ou alguém
82% enquanto estão deitados na cama
62% enquanto assistem a TV
60% enquanto estão no transporte público
43% enquanto compram
30% enquanto estão no banho (!!!!!!!)
Agora, considerando um uso complementar tão grande, não deveríamos, em vez de vender megapixels, dimensões e resolução, vender soluções para o que fazer com isso enquanto se praticam atividades corriqueiras? Essa foi a grande provocação do dia.

Por Tiago Lara, diretor de planejamento estratégico da Leo Burnett Tailor e acompanha o MWC em Barcelona. Ele escreve como colaborador para Meio & Mensagem.

Leia Mais: http://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/noticias/2013/02/28/Mobile-is-a-tool--Not-a-toy.html#.UTSrDyo4qUl#ixzz2Ma1yeLbO 
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