Augusto Nunes escreveu em seu blog:"Como os jornalistas, como os advogados, como todos os cidadãos, também a turma do marketing político precisa entrar na roda. Pode um publicitário alugar a cabeça ao candidato que sabe não ser o melhor, que não mereceria seu voto, mas ofereceu vantagens financeiras inacessíveis ao concorrente a quem sobram virtudes mas faltam verbas? O pessoal do marketing político está à margem da ética? Leva quem paga mais? Perguntas desse gênero pedem, aos gritos, respostas imediatas".
O jornalista Augusto Nunes faz boas perguntas, mas faltam algumas: eu, por exemplo, queria saber se médicos só devem cuidar de pessoas que admirem, se dentistas só devem obturar dentes de gente em quem acreditam (sem contar aqueles do SUS que simplesmente arrancam os cacos cariados dos que não podem pagar o amálgama), se engenheiros só podem construir casas para pessoas que amem, se motoristas de táxi só podem transportar pessoas com quem partilhem a mesma filosofia de vida e se jornalistas só podem escrever para jornais cujos donos sejam os caras mais sensacionais do planeta. Se fossem seguir esses ensinamentos, para fazer um anúncio de absorvente feminino todos os publicitários do mundo precisariam usar Sempre Livre.