Em entrevista à jornalista Sonia Racy, o cantor e compositor Caetano Veloso anunciou sua opção pela candidatura de Marina Silva, a senadora que se elegeu pelo PT e recentemente filiou-se ao PV. "Não posso deixar de votar nela", disse o cantor. "Marina é Lula e é Obama ao mesmo tempo. Ela é meio preta, é uma cabocla. É inteligente como o Obama, não é analfabeta como o Lula, que não sabe falar, é cafona falando, grosseiro."
Caetano quer ser polêmico. Aliás, Caetano quer ser intelectual. Já quis ser cineasta, escritor, pintor. Fracassou em todas essas empreitadas. Deveria ser humilde e voltar a fazer o que gerou sua fama e fortuna: deveria voltar a ser cantor e compositor. Mas isso não é fácil. O moto contínuo da juventude não existe mais e a experiência da terceira idade o inquieta. Para ganhar o centro da cena, ataca quem tem o que ele não tem mais: popularidade. No caso, o presidente Lula.
A última grande obra de Caetano foi o álbum "Estrangeiro", lançado no distante 1989. De lá para cá, álbuns medíocres, nulidades sonoras, covers e mais covers, alguns absolutamente desnecessários como os das músicas descartáveis de Peninha, Fernando Mendes e Claudinho e Bochecha. Profissionalmente, travou. Politicamente assumiu seu conservadorismo direitista, aliás já revelado em sua ótima relação com Toninho Malvadeza, o coronel baiano também conhecido como Antonio Carlos Magalhães.
Fui ao último show de Caetano em Belém, na Assembléia Paraense e sai quando o "espetáculo" já consumira meia hora de minha preciosa vida. Eu esperava muito, mesmo que parecesse ser modesto. E sai com quase nada. Um lixo.
Displicente, desrespeitoso, Caetano sub-tona, desafina, bate nas cordas de naylon de seu violão como um pedreiro desbasta tijolos e é acompanhada de uma banda de aprendizes, todos jovens moços, bem ao gosto do baiano.
O PT não fez bem em oficializar uma resposta a essa provocação de um artista decadente. Deveria, simplesmente, deixá-lo imerso em sua triste agonia do fim.
Caetano quer ser polêmico. Aliás, Caetano quer ser intelectual. Já quis ser cineasta, escritor, pintor. Fracassou em todas essas empreitadas. Deveria ser humilde e voltar a fazer o que gerou sua fama e fortuna: deveria voltar a ser cantor e compositor. Mas isso não é fácil. O moto contínuo da juventude não existe mais e a experiência da terceira idade o inquieta. Para ganhar o centro da cena, ataca quem tem o que ele não tem mais: popularidade. No caso, o presidente Lula.
A última grande obra de Caetano foi o álbum "Estrangeiro", lançado no distante 1989. De lá para cá, álbuns medíocres, nulidades sonoras, covers e mais covers, alguns absolutamente desnecessários como os das músicas descartáveis de Peninha, Fernando Mendes e Claudinho e Bochecha. Profissionalmente, travou. Politicamente assumiu seu conservadorismo direitista, aliás já revelado em sua ótima relação com Toninho Malvadeza, o coronel baiano também conhecido como Antonio Carlos Magalhães.
Fui ao último show de Caetano em Belém, na Assembléia Paraense e sai quando o "espetáculo" já consumira meia hora de minha preciosa vida. Eu esperava muito, mesmo que parecesse ser modesto. E sai com quase nada. Um lixo.
Displicente, desrespeitoso, Caetano sub-tona, desafina, bate nas cordas de naylon de seu violão como um pedreiro desbasta tijolos e é acompanhada de uma banda de aprendizes, todos jovens moços, bem ao gosto do baiano.
O PT não fez bem em oficializar uma resposta a essa provocação de um artista decadente. Deveria, simplesmente, deixá-lo imerso em sua triste agonia do fim.