Faz sentido, em pleno 2011, um regime que não privilegia mérito, talento, adesão política ou inteligência e sim herança genética?
A monarquia britânica - que paira acima do estado e das instituições democráticas - é um aleijão político e social, perpetuado às custas da queima de altas somas de dinheiro público para manter o luxo e a exposição de uma família que vive como milionária sem precisar trabalhar.
Essa ebulição da mídia em torno do casamento do príncipe William com sua amiga de faculdade Kate Middleton - chamada pelos jornais e telejornais, de maneira infame, de "plebéia" - é um patético espetáculo circense onde os palhaços estão na platéia, assistindo a perpetuação de uma estrutura anti-democrática sustentada num ideal romântico doentio, em nome de um equilíbrio de poder imaginário que, na verdade, começou a enfraquecer por volta do ano 1200.
A saúde política - ética e social - do ocidente no século XXI não pode conviver sem dor com esse parasitário e sombrio eco medieval que deveria incomodar a todos.