Coordenadores são presidentes ou vice-presidentes das Federações de diversos Estados, mas, como de praxe, não há nenhum representante do Norte do país.
Com o objetivo de implementar as 21 recomendações aprovadas no IV Congresso Brasileiro de Publicidade, durante o painel "A Realidade dos Mercados Regionais", a Fenapro – Federação Nacional das Agências de Propaganda nomeou os coordenadores dos seis grupos de trabalho, que abordarão respectivamente os temas de licitações públicas; carga tributária; formação educacional e incentivo aos jovens estudantes; aprimoramento e incentivo ao mercado e aos profissionais; relação com os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e valorização, contratação, parcerias e acordos operacionais.
Os coordenadores dos grupos são presidentes ou vice-presidentes da Federação e de Sindicatos das Agências de Propaganda de diversos Estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Pernambuco, que terão a missão de supervisionar o desenvolvimento dos trabalhos, aprovar a forma de realização e colocar em prática as ações. "A proposta é que cada grupo, de forma coordenada, avance para consolidar as recomendações aprovadas no IV congresso", afirma Ricardo Nabhan, presidente da Fenapro. A partir de agora, os grupos irão se reunir regularmente.
Os trabalhos de cada um dos grupos será coordenado por Ricardo Nabhan e Sain't Clair de Vasconcelos, com o apoio da assessoria jurídica da Fenapro.
Além dos representantes dos Sinapros e da Fenapro, foram convidados para integrar os grupos representantes da ABERT (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), do IVC (Instituto Verificador de Circulação), Ibope, CIEE (Centro de integração Empresa Escola) e ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing).
Cada grupo definiu temas específicos de trabalho. Estas são algumas das propostas que serão trabalhadas por cada grupo:
Licitações públicas - Juliano Torres Sales, presidente do Sinapro-MG - apoio formal ao Projeto de Lei 3.305, de autoria do deputado José Eduardo Cardoso, que trata sobre licitações públicas. Irá recomendar que o PL inclua a modalidade de consórcio da agências nas licitações públicas;
Carga tributária - Glaúcio Binder, presidente do Sinapro-RJ e VP da Fenapro para a Região Sudeste - esforços para reduzir a carga tributária;
Formação educacional - Eduardo Crivelente, VP da Fenapro para a Região Centro-Oeste - recomendação para que universidades e faculdades de Comunicação incluam na grade curricular estudo sobre a legislação da atividade publicitária e realização de convênios visando incentivar o estágio dos alunos em empresas prestadoras de serviços;
Aprimoramento e incentivo ao mercado e profissionais - Kal Gelbecke, presidente do Sinapro-PR - estimular investimento do trade regional na maior profissionalização e aprimoramento dos serviços, com investimentos em treinamento, pesquisas, auditagem e checking de mídias nos mercados regionais;
Relação com os poderes Executivo, legislativo e Judiciário - Fernando Bretas - presidente do Sinapro-DF - Contribuir para dirimir litígios decorrentes do relacionamento comercial entre anunciantes, ag~encias, produtores e profssionais de comunicação e outros por meio da Câmara Nacional de Arbitragem na Comunicação;
Valorização, contratação, parcerias e acordos operacionais - Alexandre Oliveira - VP da Fenapro para a Região Nordeste - Estimular, por parte dos anunciantes, a contratação de fornecedores de serviços de comunicação e agências de propaganda regionais e incentivar a aplicação do guia das boas práticas de contratação elaborado pela ABA e Fenapro.
A ausência de um nome do Norte do país dentre os coordenadores nomeados manifesta, uma vez mais, a ignorância dos dirigentes do negócio da propaganda brasileira acerca das especificidades do nosso mercado regional, o menosprezo desses dirigentes pelo negócio da propaganda na Amazônia e, por consequência, o papel secundário de nossos dirigentes regionais nos órgaos nacionais de representação.
Essa realidade cristaliza nosso isolamento e cala nossa voz diante da dura realidade de uma divisão de verbas nacionais que ignora a existência e importância de nosso mercado regional e eterniza, sobretudo, a concentração de verbas públicas federais nos mercados já consolidados.