quarta-feira, janeiro 12, 2011

Meio ambiente: o problema é a solução

As preocupações ambientais, sob a forma de conservação da natureza ou de crítica à industrialização, existem praticamente desde o início da revolução industrial.
No entanto, ao longo do século XIX e boa parte do século XX, mantiveram-se restritas a algumas elites ou a movimentos políticos minoritários de cariz anarquista. A publicação do livro “Silent Spring” de Rachel Carson em 1962, onde esta denunciava os impactes do uso de pesticidas, marca um ponto de viragem - é a partir da década de 60 que explodem os movimentos ambientalistas de várias naturezas e que a ecologia é transportada para o discurso público e dos media. A preservação da biodiversidade, a poluição da atmosfera, da água e dos solos, o uso de fertilizantes e pesticidas químicos, a depleção das reservas energéticas, o consumo exponencial de recursos naturais finitos e o problema da explosão demográfica tornaram-se a base da crítica ao modelo de desenvolvimento da sociedade ocidental por parte dos “ambientalistas”. É sobretudo na década de 80, com o problema do buraco do ozono devido às emissões de CFCs, que desperta a consciência de que estes problemas são globais e que as suas soluções também terão necessariamente de o ser. O aparente sucesso do Protocolo de Montreal (para eliminar as emissões de CFCs) não se traduziu, no entanto, na mesma capacidade para lidar de forma eficaz com a maioria dos problemas ambientais, apesar dos avanços que se deram nas últimas duas décadas. As alterações climáticas puseram a nú de forma dramática as fragilidades daquilo a que se chama a “comunidade internacional” no que toca à cooperação para resolver problemas comuns.


Leia a íntegra do artigo de Ana Bastos no link http://www.esquerda.net/virus/media/virus11.pdf