Deu na coluna Panorama Político, de Ilimar Franco: os parlamentares candidatos à Câmara dos Deputados ou ao Senado estão reclamando que esta será a campanha mais desgastante e mais cara que já enfrentaram. "O Congresso nunca esteve tão esvaziado no primeiro semestre de um ano eleitoral. Os candidatos nunca estiveram envolvidos com tanta antecedência em suas campanhas", diz o colunista.
Na verdade, a antecipação da campanha presidencial por parte da oposição foi o que trouxe de roldão os demais candidatos.
O PSDB está em campanha desde o começo do segundo mandato do atual presidente.
Entusiasmada com o desgaste que produziu-se em 2005, quando tentou aproveitar as denúncias que ganharam o título midiático de "mensalão" para derrubar Lula, a oposição passou todo o segundo mandato de Lula tentando envolver o presidente, seu governo, seu partido ou sua candidata em CPIs e denúncias, preservando, através de uma estrutura de assessoria de imprensa invejável, os nomes de José Serra (o candidato derrotado por Lula em 2002 e novamente candidato em 2010) e de Aécio Neves (o eterno "neto de Tancredo Neves").
Para reagir ao cerco, Lula empreendeu um esforço suplementar para tornar Dilma, a pré-candidata do PT, mais popular, tornando frenética sua agenda de aparições públicas ao lado da ministra.
Esse movimento de resistência contra o cerco tucano acabou gerando um redemoinho que trouxe para o palco todas as campanhas, que transcorrem abertamente desde o ano passado, em que pese a legislação brasileira dizer que campanha eleitoral, mesmo, só pode vir às ruas em junho.
Essa extensão temporal também gera custos cumulativos, que farão desta a campanha mais cara da nossa história.