Em 2006, a Associação Mundial de Jornais e a consultoria Kairos Future elaboraram cenários possíveis para a indústria da comunicação em 2020, apontando também as 66 tendências que resultam em impactos no cenário desse mercado em todo o mundo. O curioso é que a quase totalidade dessa previsão já está em operação. Confira a relação das "tendências futuras" que se tornaram presentes mais rápido do que qualquer um poderia esperar:
Infoentretenimento;
Crescimento da disponibilidade (vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana);
As pessoas não compram o que realmente querem - as pessoas compram o que encontram disponíveis;
Novas constelações de família - a desconstrução e reconstrução das unidades familiares geram novos modelos de consumo e descortinam novos mercados;
Momento de viver o "just in time";
Infinitas escolhas em produtos e serviços;
Simplificação da vida - resposta ao estresse cotidiano;
Compradores profissionais - shoppers com extenso conhecimento de produtos e serviços; Individualismo;
Velhos parceiros - mais e mais pessoas idosas (mais e mais saudáveis);
Pânico climático - maior preocupação com poluição e emissão de CO2;
Consumidor está no controle - blogs e outras ferramentas;
Geração de consumidores criativos - criação e distribuição de mensagens comerciais de consumidores;
Mobile broadband;
Hype do design - 50% a 70% das decisões de compra ocorrem no ponto-de-venda reforçando o foco no design e embalagens; Papel inteligente;
Palavras boca-a-boca - marketing viral ganha confiança total dos consumidores;
"Long tail" - mídia digital oferece novas possibilidades para nichos de audiência;
Redes sociais - Facebook e outras redes sociais crescem;
Geração de nativos digitais - o total gasto na Internet dobrou no último ano na Suécia (Europa). Pessoas jovens não vêem internet como tecnologia, mas como algo simples que está sempre por perto;
Pesquisa por autenticidade - em um mundo de history fakes, a autencidade se torna mais importante;
Mídia de localização - GPS e outras ferramentas possibilitam conteúdos de localização e inserções publicitárias;
Consumidor como co-produtor de idéias, conceitos, tendências;
Relações públicas e marketing - conteúdo editorial tem maior impacto do que peças publicitárias, o que torna relações públicas uma atividade de vendas;
Jornalismo mais analítico;
Mais plataformas de mídia;
Fragmentação da audiência;
Transações online = receitas online;
Maior compartilhamento de conteúdo criado pelos consumidores - mais formas de expressão dos consumidores na internet;
Jornais gratuitos;
"Snacks news" - pílulas de notícias;
Novas demandas em vendas - vendas de publicidade se tornam extremamente importantes e difíceis - em um ambiente de extrema pulverização de canais de mídia;
Times de vendas tornam-se "media brokers";
Target altamente segmentado;
Mídia digital oferece melhor mensuração - é possível prever o impacto das peças publicitárias, clicks e transações;
Receita dos jornais vem da mídia digital;
Mobile news - consumidores não lêem mais os jornais. Consomem notícias em trânsito para o escritório, para a casa ou em reuniões do escritório acessando o celular;
Tempos difíceis para assinaturas de jornais;
E-paper - displays flexíveis e dobráveis são nova geração de gadgets;
Jornais se tornam exclusivos - acesso para classes exclusivas; Companhias de jornais se tornam apenas mais uma mídia;
Ataque vindo do below the line - ataques criativos em marketing online, ações globais, numa época de rápida movimentação;
Globalização da mídia - consumo global e intenso de mídia na internet;
Estratégias multicanal - diferenças entre jornais, TVs, rádio, revistas e internet ficam cada vez mais fracas. A estratégia é abranger todas as mídias integradas;
Colapso na mensuração - novas ferramentas serão necessárias;
Marketing cada vez mais direto - publicitários querem alcançar consumidores diretamente. Sites de campanhas, clubes de compradores, presença no Facebook são meios de avançar além da mídia tradicional;
Jornalismo cidadão - pessoas jovens querem se envolver e fazer parte do contexto, da reportagem;
Mix de mídia mais complexo - clusters de novas mídias (You Tube, clips, canais de esporte na TV);
Individualismo e queda da audiência de massa;
Desafios na liberdade de imprensa - jornalistas enfrentam dificuldades com censores e perseguições;
Melhor qualidade de material impressos - mais cores e considerável aumento da qualidade na mídia impressa;
Informação instantânea - atualizações de notícias minuto a minuto;
Maior regularidade de informações com simetria na distribuição das notícias;
Informação visual - conteúdos visuais são consumidos mais facilmente;
Mais e mais displays com vídeos vão aparecer na sociedade;
Jovens pessoas com um novo comportamento de mídia - internet é a plataforma de mídia deles;
Serviços - webpages e blogs pessoais gerenciadas com notícias, serviços e atualizações;
Era do print digital;
Interesse em grupos é maior do que interesse na opinião pública geral (target);
Novo modelo de receitas na internet;
Enfraquecimento do controle das marcas e companhias;
Crescimento do contato com o consumidor;
O conteúdo torna-se mais importante do que o canal;
Empresas e companhias tornam-se competidores de jornais no fornecimento de conteúdo;
Perdendo lealdade - se os consumidores não gostam da mídia ou programa, mudam imediatamente para novos canais;
Perda de circulação de jornais;
Avalanche da mídia - super exposição de histórias na mídia;
Jornais hiper locais;
Companhias online se tornam fortes competidores de jornais;
Marketing one-to-one - várias técnicas incluindo inteligência artificial possibilitam ao Google e outros competidores materializar na internet exatos desejos e necessidades dos consumidores.