sexta-feira, junho 16, 2006

Lições de Einstein ao PFL

Einstein, o gênio, dizia que sua definição de insanidade era "fazer a mesma coisa vezes e vezes seguidas, esperando a cada vez um resultado diferente". Quem assistiu, na noite de 15 de junho, ao programa do PFL no Horário Partidário Gratuito só pode chegar a conclusão de que César Maia não é o único pefelista a se enquandrar na definição de Einstein. Quem decidiu a pauta do programa, seu discurso, seu formato, seu começo, meio e fim acredita que repetir vezes e vezes seguidas essa lenga-lenga de mensalão pode tirar algum mísero voto de Lula. Não tira. Essa novela já passou. Todo mundo já ouviu essa história, conhece os personagens e o enredo. E sabe o final.
O que não entra na cabeça da oposição hidrófoba é que ela não cresce não porque Lula não apanhou o suficiente (ninguém aguentaria em pé 10% da pancadaria que ele sofreu), mas porque ela cheira a naftalina, a sarcófago; é retrógrada, lembra o passado, remete o Brasil a dias piores.
Como governo, a direita aprofundou a miséria e as desigualdades sociais; como oposição, é incapaz de apresentar uma alternativa programática ao país que o faça olhar para frente.
"Gerar emprego"? FHC e Alckmin governaram e não geraram. Por que agora os brasilerios acreditariam nessa basófia?
Dizer que o bloco de direita vai "acabar com a roubalheira", como disseram Alckmin e seu vice (como é mesmo o nome dele?) na noite de hoje em horário nobre é querer gozar da cara dos brasileiros. Vão sair da vida para entrar no anedotário nacional.
Há quem chame àquele lamentável desfile de manchetes de jornal e capas de revista sem qualquer fio lógico de marketing político.
Para mim, é charlatanismo puro.
E pensar que o desvairado PFL pagou por aquilo... Além de doidos, otários.