A televisão se recuperou no mais recente raio-x do mercado de propaganda no Reino Unido. Depois de ter perdido o posto para a internet em termos de investimentos publicitários em 2009, o meio voltou a liderar como maior mídia no país. As informações são do site do jornal britânico Financial Times.
Dados recentemente publicados pelo Interactive Adverstising Bureau mostram que nos primeiros seis meses do ano de 2010 a TV teve média de 25,5% participação frente a 24,3% da internet, 17,3% de meios impressos. O restante pertence a outras mídias.
O resultado, entretanto, não significa propriamente um declínio do meio digital. A internet teve aumento de 10% na verba no primeiro semestre de 2010, frente a 4,2% marcados no mesmo período do ano passado, total de 2,64 bilhões de dólares. Entretanto, a TV cresceu mais: 16%. De forma geral, o mercado se saiu bem no país, melhorou em 6,3% o investimento em relação aos seis primeiros meses de 2009.
De acordo com os dados do IAB, a TV não é o único meio tradicional que demonstra melhoras em relação à internet. Cinema e outdoor cresceram 12% e 16%, respectivamente, e se recuperaram frente ao resultado do ano anterior. A propaganda de classificados, por sua vez, voltou a registrar resultados negativos.
A aposta da consultoria Ender Analysis, ouvida pela reportagem, é de que o mercado britânico de propaganda deva crescer 3,7% até o fim do ano e atingir 23,8 bilhões de dólares, embora a previsão seja de que em 2001 haja queda de pouco mais de 1%. "Um sentimento de apreensão paira sobre 2011, em meio a alertas precoces de desaceleração do crescimento económico no Reino Unido e os nossos parceiros comerciais", comentou a empresa.
No âmbito digital, os dados o IAB apontam para maior investimento em sites de vídeos online, como o YouTube, e redes sociais como Facebook e Twitter. Isso além, é claro, do forte investimento de propaganda no modelo de links patrocinados.
De acordo com o FT, empresas de entretenimento e mídia, finanças e bens de consumo foram os maiores anunciantes da internet no primeiro semestre. Destaque para Procter & Gamble e Unilever, que cada vez mais dispendem investimentos no mundo digital. A expectativa, segundo a reportagem, é que a internet cresça 9,8% até o fim de 2010, número que deve cair para 7,4% em 2011.